Terça, 9 de setembro de 2014
Nas mãos de seis ministros de dois tribunais superiores estão o futuro desses dois homens.
José Roberto Arruda: "Joguei o jogo da política brasileira" (Agência Brasil/VEJA).
Paulo Roberto Costa na luta para sair da cadeia, delata o que pode ser o
maior escândalo de corrupção depois do Mensalão do PT. O futuro deste,
se encontra na mão do ministro do Teori Zavascki do Supremo Tribunal
Federal.
Já no outro caso, tentando a todo custo voltar ao Palácio do Buriti, o
ex-governador José Roberto Arruda que tem seu envolvimento comprovado
(palavras dele), no que ficou conhecido como Mensalão do DEM, recorreu
ao STJ. Ele depende da maioria de um colegiado de cinco votos naquela
corte para continuar na sua luta incansável de voltar ao poder.
Paulo Roberto inicia um caminho que será longo, penoso, ganhará com seu
gesto o ódio de seus ex-colegas e pseudos amigos. Esse caminho aqui no
Distrito Federal já foi percorrido por um outro colaborador do
Judiciário, do Ministério Público e da Policia Federal e deu frutos
positivos no combate ao assalto dos cofres do GDF. Falo de Durval
Barbosa. Passados cinco anos as informações prestadas pelo colaborador
do que ficou conhecido como Operação Caixa de Pandora e politicamente
como Mensalão do DEM restou tudo provado, era tudo verdade.
Durval falou que bancou a campanha de José Roberto Arruda em 2006.
Foram 45 milhões de Reais, valores da época. Ele apresentou as notas
fiscais. A maior parte da campanha foi bancada pelo sócio do conhecido
Carlinhos Cachoeira, o Messias. A denuncia de Durval Barbosa esta muito
bem documentada. A delação feita por Durval Barbosa é rica em detalhes e
foram esses detalhes que levaram a uma empresa de nome Patamar que
pagou a AB produções a quantia de R$ 1.250. 000, 00 Reais, e foi um
detalhe que levou os investigadores a nota fiscal da produtora que ao
errar a nota colocou claramente que o dinheiro era para a campanha do
atual candidato José Roberto Arruda. Ao se dá conta, o titular da
produtora procura, vai falar com o Durval. Diz que precisa trocar a
nota. Eles trocam a nota. Esse detalhe foi importante para confirmar as
revelações de Durval. As duas notas fiscais foram apreendidas, a
original e a falsa. E um vídeo revelador, dissertativo e conclusivo para
se provar os desvios de recursos públicos oriundos da Codeplan que
foram feitos para abastecer e prover a candidatura de Arruda em 2006.
"Campanha do Fantoche", esse era o termo usado pelo seus antigos
apoiadores financeiros de campanha.
Em 2011 Arruda disse que ajudou líderes do DEM a captar dinheiro.
"Segundo o ex-governador, o dinheiro da quadrilha que atuava em Brasília
alimentou campanhas de ex-colegas como José Agripino Maia e Demóstenes
Torres." Em 2014 Paulo Roberto delata e diz que desviou recursos da
Petrobras para integrantes da base política do governo federal.
Cinco ministros devem participar da sessão de hoje no colegiado do
Superior Tribunal de Justiça: Ari Pargendler, Napoleão Nunes Maia Filho
que é relator do processo, Benedito Gonçalves, Sérgio Kukina e Regina
Helena Costa. Única mulher da turma, a ministra Regina passou a compor o
colegiado há menos de duas semanas. Ontem à noite era dada como certa a
ausência na sessão de hoje do ministro Ari Pargendler. Se isso
realmente acontecer, poderá estar ai grande trunfo para a vitória de
Arruda no dia de hoje.
José Roberto Arruda procura uma saída no STJ para anular a condenação
por improbidade administrativa que lhe foi imposta em primeira instância
no TJDFT, e com a possível decisão favorável no STJ, que o próprio
Arruda já disse ter 90% de chance, no TSE, irá derrubar o resultado
negativo imposto pelo órgão no mês passado. Com as decisões lhes sendo
positivas, Arruda seguirá na campanha rumo ao Palácio do Buriti.
Fonte: Redação do Blog do Sombra com informações da revista Veja e Correio Braziliense