Terça, 4 de novembro de 2014
Há quase 20 anos, desde que o sistema eletrônico de votação foi
implantado, em 1996, o PDT de Leonel Brizola vem denunciando a
vulnerabilidade das urnas e até projetos de lei apresentou propondo
impressão dos votos para possibilitar auditagens dos resultados
eleitorais. Poucos ou quase ninguém, além de técnicos especializados da
área ou mesmo acadêmicos e professores da Universidade de Brasília,
davam ouvidos à tese de que as urnas eletrônicas são efetivamente
inseguras.
Depois de proclamados os resultados não há previsibilidade de
recursos e mesmo os que forem protocolados morrem no âmbito da própria
Justiça Eleitoral, isto vale para as eleições presidenciais (dois
turnos) ou de quaisquer outras (governadores, senadores e deputados). As
cúpulas do PSDB sabem disso e foram coniventes endossando esse sistema
contra o qual agora se voltam com pretensão direcionada a tumultuar o
campo político depreciando a reeleição de Dilma Rousseff. Por que não
falam da reeleição de Geraldo Alckmin e outros?
Se há estudos concluídos por especialistas em informática afirmando
que o sistema é falho e uma vez proclamados os resultados, por outro
lado, não há previsão legal para recontagem dos votos, que afinal tanto
podem ter beneficiado petistas quanto tucanos assim como favorecido ou
prejudicado outras legendas na disputa, seria bem mais coerente rever
essas regras impostas, denunciando-as ao mundo! Do contrário, da forma
como agem, a coisa não passa do terreno das especulações e do
oportunismo político e tudo seguirá como antes.
Fonte: Tribuna da Imprensa