Domingo, 22 de novembro de 2015
Do Esquerda.Net
O poeta e artista plástico palestiniano Ashraf Fayadh está preso há
quase dois anos e foi agora condenado à morte, acusado de ter renunciado
ao Islão. Fayadh não pôde contratar um advogado e o juiz que o condenou
nem sequer falou com ele.
O
poeta e artista plástico palestiniano Ashraf Fayadh foi condenado à
morte pelo regime saudita, sem poder contratar um advogado, e o juiz que
o condenou nem sequer falou com ele
Em
maio passado, Ashraf Fayadh foi condenado por um tribunal da Abha, onde
vive, a quatro anos de prisão e 800 chicotadas. Agora voltou a ser
julgado e, na passada terça-feira, um tribunal saudita condenou Ashraf
Fayadh à morte. Tem 30 dias para recorrer da decisão.
O jornal Público, citando o The Guardian, refere que Mona Kareem, uma ativista da campanha pela libertação de Fayadh, disse que ele não pôde contratar um advogado porque os seus documentos foram confiscados e afirma que o juiz que o condenou “nem sequer falou com ele, limitou-se a anunciar a sentença”.
Adam Coogle, investigador da Human Rights Watch, diz que a sentença mostra “a completa intolerância” da Arábia Saudita perante “quem quer que seja que não partilhe a visão religiosa, política e social imposta pelo governo”.
Uma campanha internacional está a ser desenvolvida, com uma petição da Amnistia Internacional divulgada pela avaaz.org e existe uma página no facebook, Freedom For Ashraf.
Ashraf Fayadh é um poeta e artista plástico palestiniano radicado na Arábia Saudita e é um nome importante no novo círculo artístico do país, sendo um dos responsáveis da associação cultural e artística Edge of Arabia.
Fayadh foi preso pela primeira vez no verão de 2013, depois de ter discutido com outro artista num café em Abha, onde vive. Foi libertado no dia seguinte à detenção, mas voltou a ser preso em 1 de janeiro de 2014. A partir daí, as acusações foram sendo agravadas, de acordo com o código extremista do regime saudita. Fayadh foi então acusado de promover o ateísmo, de manter relações ilícitas com mulheres e agora de renunciar ao Islão.
Ativistas solidários com Fayadh consideram que a principal razão que está na origem da perseguição ao artista é o facto de ele ter publicado um vídeo na internet onde se vê a polícia religiosa de Abha a chicotear um homem em público.
Em fevereiro de 2014, já tinha sido divulgada uma petição, subscrita por uma centena de intelectuais árabes que apelava à libertação do poeta palestiniano e onde se referia: “Permanecer em silêncio perante a detenção de Fayadh é um insulto ao conhecimento, à literatura, à cultura e ao pensamento, bem como à liberdade e aos direitos humanos”.
O jornal Público, citando o The Guardian, refere que Mona Kareem, uma ativista da campanha pela libertação de Fayadh, disse que ele não pôde contratar um advogado porque os seus documentos foram confiscados e afirma que o juiz que o condenou “nem sequer falou com ele, limitou-se a anunciar a sentença”.
Adam Coogle, investigador da Human Rights Watch, diz que a sentença mostra “a completa intolerância” da Arábia Saudita perante “quem quer que seja que não partilhe a visão religiosa, política e social imposta pelo governo”.
Uma campanha internacional está a ser desenvolvida, com uma petição da Amnistia Internacional divulgada pela avaaz.org e existe uma página no facebook, Freedom For Ashraf.
Ashraf Fayadh é um poeta e artista plástico palestiniano radicado na Arábia Saudita e é um nome importante no novo círculo artístico do país, sendo um dos responsáveis da associação cultural e artística Edge of Arabia.
Fayadh foi preso pela primeira vez no verão de 2013, depois de ter discutido com outro artista num café em Abha, onde vive. Foi libertado no dia seguinte à detenção, mas voltou a ser preso em 1 de janeiro de 2014. A partir daí, as acusações foram sendo agravadas, de acordo com o código extremista do regime saudita. Fayadh foi então acusado de promover o ateísmo, de manter relações ilícitas com mulheres e agora de renunciar ao Islão.
Ativistas solidários com Fayadh consideram que a principal razão que está na origem da perseguição ao artista é o facto de ele ter publicado um vídeo na internet onde se vê a polícia religiosa de Abha a chicotear um homem em público.
Em fevereiro de 2014, já tinha sido divulgada uma petição, subscrita por uma centena de intelectuais árabes que apelava à libertação do poeta palestiniano e onde se referia: “Permanecer em silêncio perante a detenção de Fayadh é um insulto ao conhecimento, à literatura, à cultura e ao pensamento, bem como à liberdade e aos direitos humanos”.