Sábado, 28 de novembro de 2015
Carolina Gonçalves – Repórter da Agência Brasil
O
Ministério da Saúde confirmou hoje (28) que existe relação entre o
vírus Zika e os casos de microcefalia na região Nordeste do país.
Segundo nota divulgada pela pasta, exames feitos em um bebê nascido no
Ceará com microcefalia e outras malformações congênitas revelaram a
presença do vírus em amostras de sangue e tecidos.
O resultado
enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o ministério,
“uma situação inédita na pesquisa científica mundial”. O governo
assegurou que vai dar continuidade às investigações para descobrir quais
as formas de transmissão, como o vírus atua no organismo e qual período
de maior vulnerabilidade para a gestante. “Em análise inicial, o risco
está associado aos primeiros três meses de gravidez”, complementou.
Ontem
(27), o instituto de pesquisa notificou o governo sobre outros dois
óbitos relacionados ao vírus Zika. As análises indicaram que o vírus
pode ter contribuído para agravar estes casos. “Esta foi a primeira
ligação de morte relacionada ao vírus zika no mundo, o que demonstra uma
semelhança com a dengue”.
O primeiro caso confirmado foi o de um
homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos
corticoides, no Maranhão, e o segundo é de uma menina de 16 anos, no
Pará, que morreu no final de outubro, depois de relatar sintomas
semelhantes ao de dengue, como dor de cabeça e náuseas.
Diante
dessa declaração a expectativa é que sejam redobradas ações nacionais
para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela
disseminação da dengue, Zika e chikungunya. “O momento agora é de unir
esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização”, alertou.