Quinta, 15 de setembro de 2016
André Richter – da Agência Brasil
O
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu que vai
investigar a queixa apresentada pela estudante de jornalismo Patrícia
Lélis contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
Em decisão tomada na terça-feira (13), o ministro atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou abertura de inquérito para apurar o caso.
Em decisão tomada na terça-feira (13), o ministro atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou abertura de inquérito para apurar o caso.
Em depoimento na Polícia Civil do Distrito
Federal, no mês passado, Patrícia acusou o parlamentar de tentativa de
estupro. O caso foi remetido ao Supremo pelo fato de o deputado ter foro
privilegiado.
Patrícia é da juventude do PSC, partido de Feliciano.
A estudante contou que foi chamada por Feliciano para ir ao apartamento funcional dele, em Brasília, no dia 15 de junho, para participar de uma reunião sobre a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigaria a União Nacional dos Estudantes (UNE).
A estudante contou que foi chamada por Feliciano para ir ao apartamento funcional dele, em Brasília, no dia 15 de junho, para participar de uma reunião sobre a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigaria a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Segundo
Patrícia, ao chegar à casa do deputado, ela descobriu que ele estava
sozinho e que não havia reunião. Feliciano, então, tentou estuprá-la,
disse a estudante. Patrícia disse que gritou e que uma vizinha do
deputado bateu à porta para saber o que estava acontecendo, o que
colaborou para que o estupro não se concretizasse.
Na Polícia
Civil de São Paulo, Patrícia Lélis foi indiciada por denunciação
caluniosa e extorsão por acusar Talma Bauer, assessor do deputado, de
cárcere privado e sequestro.
Em um vídeo postado em sua página na
internet logo após a denúncia, Feliciano negou as acusações e disse
que, com o tempo, ficará provado que não passam de “engodo” e “mentira”.