Quarta, 2 de novembro de 2011
Da Agência Brasil
Renata Giraldi
A Justiça da Grã-Bretanha autorizou hoje (2) a extradição do
criador e fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, de 40
anos, para a Suécia. Ele é acusado de abuso sexual e estupro, crimes
que, segundo a Justiça, ocorreram em Estocolmo, capital da Suécia, em
2010. O australiano nega as acusações e se disse vítima de manipulação
política de grupos contrários ao trabalho do WikiLeaks.
Assange sinalizou hoje (2) que pretende recorrer da decisão. Ele tem
duas semanas para recorrer à Suprema Corte da Grã-Bretanha. Mas ele
próprio disse que só tomará essa decisão caso conclua que o tema trata
de uma questão de "importância pública". Se a decisão da Justiça
britânica for mantida, determinando sua extradição para a Suécia, a
medida deve ser executada em um prazo de dez dias.
O criador e fundador do WikiLeaks virou um personagem público depois
que o portal publicou documentos secretos envolvendo vários governos,
principalmente o dos Estados Unidos, e empresas, referentes a assuntos
de Estado e de diplomacia.
Assange está em liberdade, mas deve usar uma pulseira eletrônica e
permanecer em uma residência no Oeste de Inglaterra, localizada a 200
quilômetros de Londres. A decisão de hoje da Justiça britânica é
resultado de um recurso impetrado por Assange contra a sentença do
tribunal de primeira instância, que, em fevereiro, decidiu
favoravelmente à sua extradição da Grã-Bretanha para a Suécia.
Os responsáveis pelo WikiLeaks definem o portal como sendo uma
organização transnacional sem fins lucrativos, com sede na Suécia, que
publica informações, documentos e fotos vazadas de governos ou empresas
sobre assuntos considerados de interesse público.