Quarta, 23 de outubro de 2013
Escrito por Plínio Gentil
Correio da Cidadania
Provavelmente, quase todos acompanham a cobertura da TV sobre as últimas manifestações de rua em São Paulo e no Rio, principalmente as do dia do professor. Já houve algo também depois desse dia. A partir do que se assiste, surgem minhocas na cabeça.
Em primeiro lugar, há uma certa "economia" das notícias sobre as manifestações dos professores, reivindicando condições mais dignas de trabalho. Também se vê que a TV mostra planilhas de salários, projetando hipotéticos reajustes, das quais só se pode duvidar. Parece que elevam os valores para dar impressão de que os professores querem muito.
Em segundo lugar, vê-se que são mostradas imagens daqueles a quem a imprensa amiga combinou chamar de “vândalos”. Estes, de rostos cobertos, seriam sempre os primeiros a agredir a polícia, que, então, "legitimamente" revida. São também os tais “vândalos” que promovem quebradeira do que encontram na rua. É interessante observar o que os mascarados quebram e/ou queimam: orelhões, lojas, vidros da prefeitura e/ou Câmara, ônibus de transporte urbano, viaturas policiais, uma ou outra estação do metrô e, sobretudo, agências bancárias. Em outras palavras, símbolos de serviços públicos mal prestados, da corrupção, da truculência e da propriedade privada opressiva e corruptora.
Sem julgar o acerto ou o erro dos manifestantes, é possível ver lógica, um fio condutor nisso. Os "vândalos" atacam o capital e o poder público que lhe dá proteção. Não se costuma ver casos desses mascarados queimando carros particulares estacionados nas ruas. Nem residências. Nem atirando pedras em qualquer pessoa que encontram pela frente.
Escrito por Plínio Gentil
Correio da Cidadania
Provavelmente, quase todos acompanham a cobertura da TV sobre as últimas manifestações de rua em São Paulo e no Rio, principalmente as do dia do professor. Já houve algo também depois desse dia. A partir do que se assiste, surgem minhocas na cabeça.
Em primeiro lugar, há uma certa "economia" das notícias sobre as manifestações dos professores, reivindicando condições mais dignas de trabalho. Também se vê que a TV mostra planilhas de salários, projetando hipotéticos reajustes, das quais só se pode duvidar. Parece que elevam os valores para dar impressão de que os professores querem muito.
Em segundo lugar, vê-se que são mostradas imagens daqueles a quem a imprensa amiga combinou chamar de “vândalos”. Estes, de rostos cobertos, seriam sempre os primeiros a agredir a polícia, que, então, "legitimamente" revida. São também os tais “vândalos” que promovem quebradeira do que encontram na rua. É interessante observar o que os mascarados quebram e/ou queimam: orelhões, lojas, vidros da prefeitura e/ou Câmara, ônibus de transporte urbano, viaturas policiais, uma ou outra estação do metrô e, sobretudo, agências bancárias. Em outras palavras, símbolos de serviços públicos mal prestados, da corrupção, da truculência e da propriedade privada opressiva e corruptora.
Sem julgar o acerto ou o erro dos manifestantes, é possível ver lógica, um fio condutor nisso. Os "vândalos" atacam o capital e o poder público que lhe dá proteção. Não se costuma ver casos desses mascarados queimando carros particulares estacionados nas ruas. Nem residências. Nem atirando pedras em qualquer pessoa que encontram pela frente.