Quinta, 28 de maio de 2015
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
O senador Romário (PSB-RJ) protocolou hoje (27) o requerimento
para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol), com 52 assinaturas de apoio dos colegas. Eram
necessárias o número mínimo de 27 assinaturas.
A CPI da CBF foi
motivada pela investigação d Departamento de Justiça dos Estados
Unidos sobre a participação de dirigentes da Federação Internacional de
Futebol (Fifa) e empresários em uma fraude na escolha dos países-sede
das duas próximas Copas do Mundo (Rússia, 2018, e Catar, 2022).
Segundo
as autoridades norte-americanas, durante as investigações foram
encontrados indícios de práticas ilícitas em outros países. No Brasil,
as suspeitas recaem sobre contratos de patrocínio e de transmissão da
Copa do Brasil assinados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A
pedido da procuradoria de Nova York, a polícia da Suíça efetuou prisões
de sete dirigentes da Fifa em um hotel de Zurique, onde acontece um
evento da entidade. Entre os presos, está o ex-presidente da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin. Os dirigentes
foram indiciados por extorsão e corrupção pela procuradoria de Nova
York, que investiga o caso.
Segundo o Departamento de Justiça
norte-americano, 14 réus, entre eles os dirigentes da Fifa presos hoje,
são acusados de extorsão, fraude e lavagem de dinheiro em "um esquema de
24 anos de enriquecimento por meio da corrupção no futebol".
Mais
cedo, o senador Zezé Perrela (PDT-MG) também anunciou a intenção de
coletar assinaturas para a CPI. Com a apresentação do requerimento pelo
senador Romário, Perrela poderá participar como membro da nova comissão.
Ela deverá ser instalada depois que as assinaturas forem conferidas
pela Mesa Diretora do Senado e o requerimento for lido em plenário pelo
presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).