Sexta, 29 de maio de 2015
Da Agência Brasil
Edição: Aécio Amado
A Polícia Militar do Paraná usou 2.323 balas de
borracha na ação contra os manifestantes que protestavam por causa de um
projeto do governo do estado que tratava de mudanças na previdência dos
servidores, durante ato em Curitiba, há exatamente 30 dias. A
informação está no ofício do governo do Paraná encaminhado ao Ministério
Público de Contas. O documento foi divulgado hoje (29) pela própria
promotoria. A ação da polícia deixou mais de 200 pessoas feridas, entre
elas professores.
De acordo com os números, em média, foram
disparadas aproximadamente 20 balas de borracha por minuto nas duas
horas da operação policial. A ação da polícia gerou um custo para os
cofres públicos de R$ 948 mil, gastos com equipamentos e munições e com
diárias pagas a policiais que se deslocaram do interior do estado para
Curitiba, segundo o documento.
Os
professores protestavam na frente da Assembleia Legislativa contra
mudanças na previdência dos servidores estaduais. Segundo o ofício,
1.661 policiais participaram da operação, dos quais 855 vieram de
municípios do interior.
A polícia usou ainda, contra os
manifestantes, 1.094 granadas de efeito moral e 300 projéteis de gás
lacrimogênio, de acordo com o ofício. O documento nega que policiais
tenham sido presos por se recusarem a participar da ação.
O
Ministério Público de Contas solicitou as informações porque pretende
investigar a legalidade e legitimidade das despesas na operação. Já o
Ministério Público Estadual apura eventuais excessos no episódio.
Procurado pela Agência Brasil,
o governo do Paraná não se manifestou. Anteriormente, o governador Beto
Richa afirmou, em comunicado nas redes sociais, que a violência foi “lamentável sob todos os lados”.