Terça, 26 de maio de 2015
André Richter - Repórter da
Agência Brasil
O juiz
federal Sérgio Moro condenou o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras
Nestor Cerveró a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro. De acordo com a
sentença, o ex-diretor comprou um apartamento no Rio de Janeiro com recursos
oriundos de uma empresa offshore dirigida por ele, segundo a acusação do
Ministério Público Federal (MPF). Cerveró está preso preventivamente desde o
dia 14 de janeiro.
De acordo
com investigadores da Operação Lava Jato, parte da propina recebida por
Cerveró, durante o período em que ocupou o cargo de diretor da Petrobras, foi
procedente do exterior, por meio de empresas sediadas no Uruguai, na
Inglaterra, na Espanha e na Suíça. Como prova do crime de lavagem de dinheiro,
o MPF citou a compra de um apartamento avaliado em R$ 7,5 milhões, no Rio, por
meio da empresa Jolmey do Brasil, criada para ocultar o dinheiro recebido pelo
ex-diretor.
“Nestor
Cerveró não logrou explicar de maneira convincente por que declarou no
inquérito o pagamento de R$ 8 mil mensais de aluguel e ainda alterou a versão
anterior dos fatos, agora, alegando que, em 2012 e 2013, não mais teria pago
aluguéis, mas apenas valores de condomínio e garagista, o que não faz muito
sentido já que os pagamentos constam, na declaração de rendimentos, como tendo
sido feitos à Jolmey [empresa de fachada]”, argumentou Moro.
Na ação
penal, a defesa de Cerveró alegou que ex-diretor era apenas o locatário do
imóvel e que o valor do aluguel foi reduzido por conta de reformas realizadas
por ele.
Saiba Mais