Por Mauro Santayana
A notícia de que a Iveco cogita fechar
sua linha de produção de blindados da fábrica de Sete Lagoas, caso não receba
novas encomendas do Exército, é emblemática do ponto de vista das negativas
consequências estratégicas que podem trazer para o país as medidas de ajuste em
fase de execução pelo governo federal.
Em Minas Gerais, não estão sendo
produzidos apenas os tanques Guarani (cerca de 2.000 encomendados, 130 já
entregues), mas também, na cidade de Itajubá, a nova família de rifles de
assalto IA-2, em fabricação pela Imbel, e cinquenta novos helicópteros EC-725
Super Puma, encomendados à Helibras para servir às Forças Armadas.
O Ministério da Defesa foi um dos que
receberam maiores cortes no orçamento deste ano, da ordem de 5,6 bilhões de
reais.
Fonte: www.maurosantayana.com
Está sendo decidido como será feito o
contingenciamento, e o ministro da Defesa, Jaques Wagner, teria dito,
recentemente, em reunião com os ministros militares, que a prioridade é evitar
a paralisação total dos programas estratégicos mais prioritários, como o
Prosub, que abarca a construção de quatro submarinos convencionais e um a
propulsão nuclear, e o Gripen NG-BR, de 36 novos caças supersônicos para a
Força Aérea Brasileira, que está sendo realizado em conjunto com a Saab sueca.
Isso deixaria de fora a fabricação dos
tanques Guarani, pela Iveco, assim como o Prosuper, de construção de navios
para a Marinha, e – provavelmente – o avião cargueiro militar KC-390, da
Embraer, que, por ter feito seu voo inaugural neste ano, é um dos programas que
se encontra em estágio mais avançado de desenvolvimento.
Os programas de modernização e
potencialização de aeronaves, como os A-1 e F-5E da FAB, e os AF-1 da Marinha,
se encontram virtualmente paralisados.
Os cortes da defesa são trágicos,
porque surgem em meio ao maior processo de reaparelhamento das Forças Armadas
da história brasileira, e porque atrasos e paralisações nessa área, com a
eventual demissão de pessoal altamente qualificado, levam, inevitavelmente, à
perda de conhecimento e aumentam o fosso tecnológico que nos separa de outras
nações mais adiantadas.
Extremamente pressionada, antes e logo
depois da posse em seu segundo mandato, a presidente da República optou por
escolher, a toque de caixa, um nome que agradasse o “mercado”, e primasse pela
ortodoxia.
O chamado ajuste fiscal só tem servido,
até agora, para aumentar os juros que vão para os bancos e criar mais problemas
para o governo, municiando os ataques que recebe dentro e fora do Congresso
Nacional.
Para seguir em frente, não podemos
paralisar projetos estratégicos e prioritários, que se estruturam técnica e
produtivamente ao longo do tempo, como os de defesa.
Para combater a crise, o caminho não é
a recessão, mas juros mais baixos, mais produção e mais empregos.
PA notícia de que a Iveco cogita fechar
sua linha de produção de blindados da fábrica de Sete Lagoas, caso não receba
novas encomendas do Exército, é emblemática do ponto de vista das negativas
consequências estratégicas que podem trazer para o país as medidas de ajuste em
fase de execução pelo governo federal.
Em Minas Gerais, não estão sendo
produzidos apenas os tanques Guarani (cerca de 2.000 encomendados, 130 já
entregues), mas também, na cidade de Itajubá, a nova família de rifles de
assalto IA-2, em fabricação pela Imbel, e cinquenta novos helicópteros EC-725
Super Puma, encomendados à Helibras para servir às Forças Armadas.
O Ministério da Defesa foi um dos que
receberam maiores cortes no orçamento deste ano, da ordem de 5,6 bilhões de
reais.
Está sendo decidido como será feito o
contingenciamento, e o ministro da Defesa, Jaques Wagner, teria dito,
recentemente, em reunião com os ministros militares, que a prioridade é evitar
a paralisação total dos programas estratégicos mais prioritários, como o
Prosub, que abarca a construção de quatro submarinos convencionais e um a
propulsão nuclear, e o Gripen NG-BR, de 36 novos caças supersônicos para a
Força Aérea Brasileira, que está sendo realizado em conjunto com a Saab sueca.
Isso deixaria de fora a fabricação dos
tanques Guarani, pela Iveco, assim como o Prosuper, de construção de navios
para a Marinha, e – provavelmente – o avião cargueiro militar KC-390, da
Embraer, que, por ter feito seu voo inaugural neste ano, é um dos programas que
se encontra em estágio mais avançado de desenvolvimento.
Os programas de modernização e
potencialização de aeronaves, como os A-1 e F-5E da FAB, e os AF-1 da Marinha,
se encontram virtualmente paralisados.
Os cortes da defesa são trágicos,
porque surgem em meio ao maior processo de reaparelhamento das Forças Armadas
da história brasileira, e porque atrasos e paralisações nessa área, com a
eventual demissão de pessoal altamente qualificado, levam, inevitavelmente, à
perda de conhecimento e aumentam o fosso tecnológico que nos separa de outras
nações mais adiantadas.
Extremamente pressionada, antes e logo
depois da posse em seu segundo mandato, a presidente da República optou por
escolher, a toque de caixa, um nome que agradasse o “mercado”, e primasse pela
ortodoxia.
O chamado ajuste fiscal só tem servido,
até agora, para aumentar os juros que vão para os bancos e criar mais problemas
para o governo, municiando os ataques que recebe dentro e fora do Congresso
Nacional.
Para seguir em frente, não podemos
paralisar projetos estratégicos e prioritários, que se estruturam técnica e
produtivamente ao longo do tempo, como os de defesa.
Para combater a crise, o caminho não é
a recessão, mas juros mais baixos, mais produção e mais empregos.
Fonte:
http://www.maurosantayana.com/2015/05/nao-aos-cortes-na-dfesa.html