No dia 28 de outubro, os professores do Distrito Federal, em greve,
estavam fazendo uma manifestação no eixo rodoviário, uma das principais
avenidas de Brasília. Era a atividade que fazia parte do calendário aprovado
pelo comando de greve. As ruas foram parcialmente fechadas e quando foi feito
um acordo com o comando da Polícia Militar para encerrar o ato, e os
professores estavam de saída, o BOPE chegou atirando balas de borracha, spray
de pimenta e gás lacrimogêneo numa batalha campal. Professores foram arrancados
de seus carros com violência pela PM e cinco foram presos, além de dois
rodoviários que pararam os ônibus em solidariedade. Entre os presos, estava Meg
Guimarães, diretora do Sinpro (sindicato da categoria) e Vice-Presidente da CUT
DF, militante da Corrente O Trabalho.
A resposta dos professores, diante da repressão promovida pelo
Governador Rollemberg (PSB), foi a de fortalecer a greve. A população ficou
impressionada com a dura agressão. O governador falou em tirar o comandante da
PM, mas depois voltou atrás.
No dia 30 de outubro, ocorreu uma das maiores assembleias da categoria,
com mais de 12 mil professores. Meg destacou que a agressão aos professores com
prisão é uma forma de criminalizar o sindicato e atacar as organizações dos
trabalhadores, e que a melhor forma de combater essa política seria maior
unidade da categoria até a conquista da pauta apresentada, fortalecendo os
piquetes em cada escola e cada regional.
Fonte: CUT Independente e de Luta — Texto originalmente publicado no jornal O Trabalho ed. 776
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