Terça, 11 de novembro de 2015
Do Sinpro
Diante do retrocesso nas negociações entre a categoria do Magistério
Público e o Governo do Distrito Federal, não restou alternativa a
professores(as) e orientadores(as) educacionais senão radicalizar o
movimento paredista.
A assembleia na manhã desta quarta-feira (11) foi interrompida por volta das 11h.
Descontente com os encaminhamentos apontados pelo governo Rollemberg
(PSB) em reunião na tarde de ontem, a categoria resolveu suspender a
atividade para transformar a assembleia em um grande ato de protesto.
Parte dos docentes se dirigiu para o gramado na frente da sede do
governo, reivindicando a abertura de negociações sérias, que possam pôr
fim à greve. A Polícia Militar reagiu com gás de pimenta e posicionou
o Batalhão de Operações Especiais da PM (BOPE) próximo aos(às)
professores(as).
Outra parte ocupou o gabinete da presidente da Câmara Legislativa,
Celina Leão, e só promete sair de lá quando os parlamentares se
posicionarem e intervierem junto ao GDF para resolver o impasse. Os
docentes estão prontos a permanecer no local e a realizar greve de fome
caso as negociações não avancem.
Retrocesso – A reunião da diretoria do Sinpro-DF e
do Comando de Greve com representantes do governo, realizada na
terça-feira (10), foi considerada, no mínimo, frustrante. Desrespeitosa
até.
Ao invés de dar sequência à negociação, o GDF deu um passo atrás e conseguiu piorar a proposta apresentada na semana passada.
Com 17 itens, a nova proposta oficializa as Organizações Sociais (OS)
como método de privatização da educação. No item 16 da proposta,
praticamente encerra a docência do magistério público na educação
infantil do Distrito Federal.
Além disso, Rollemberg manteve o corte de ponto e a multa exorbitante para o Sindicato (R$ 400 mil por dia).
Insistindo na eterna falta de recurso, o governo também manteve o
pagamento das tabelas salariais a partir de outubro de 2016 e previsão
de pagamento do retroativo somente em janeiro de 2017. A novidade da
nova proposta fica por conta de que não haverá pagamento dos dias
parados e, assim, consolida a posição de criminalizar o legítimo direito
de se manifestar e ainda apela para a Justiça, em vez de discutir com a
categoria, na Mesa de Negociação.
Vale lembrar que nunca, na história do movimento docente do Distrito
Federal, houve governador que, a cada negociação, piorasse as propostas
discutidas em Mesa.