Terça, 10 de
novembro de 2015
André Richter
- Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) pediu hoje [ontem] (9) ao Supremo Tribunal
Federal (STF) mais prazo para concluir o inquérito da Operação Lava Jato
sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o deputado
federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). A investigação foi aberta em março, a partir
das informações fornecidas em acordos de delação premiada.
No dia 6 de março, os inquéritos contra parlamentares foram
abertos pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo, a pedido da procuradoria, com
base nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ambos fizeram acordo de
colaboração com a Justiça e são os principais delatores do esquema de desvios
na Petrobras. São investigados no Supremo cerca de 60 políticos.
Em julho, Renan foi citado em depoimento de Paulo Roberto Costa ao juiz federal
Sérgio Moro. Costa declarou que Renan tinha um “representante” que negociou
propina com ele.
Na ocasião, o presidente do Senado refutou as acusações do
ex-diretor e declarou que suas relações com diretores de instituições públicas
nunca ultrapassaram os limites institucionais. Gomes declarou que as conversas
com Costa sempre foram institucionais