Do Sinpro
Com a Praça do Buriti lotada, a categoria decidiu pela
manutenção da greve, iniciada no dia 15 de outubro.
A avaliação da diretoria do Sinpro-DF e do Comando do
Greve é a de que a categoria está fazendo o possível, porém o governo
Rollemberg (PSB) – por inabilidade ou por não querer mesmo – não tem
correspondido no sentido de buscar uma saída para o impasse.
Somente agora, perto de completar um mês de paralisação, o
GDF resolveu recuar e ouvir as justas reivindicações da carreira do Magistério
Público do DF, fazendo uma proposta.
“A greve não é só pelos 3,7% devidos à categoria; não é
uma luta corporativa, mas sim para evitar retrocessos, como entregar a educação
pública às Organizações Sociais. Nossas pautas vão além do reajuste. Mas é
necessário pontuar melhor e avançar nas questões administrativas e pedagógicas,
sem esquecer da questão financeira, ou seja, uma proposta minimamente razoável
para ser apreciada pela categoria”, enfatizaram os dirigentes do Sindicato.
Integrantes da Comissão de Negociação informaram que essa
primeira proposta do governo, composta por 18 itens, foi analisada em
assembleias regionais, realizadas na quinta-feira passada (5). “Fizemos toda a
sistematização das propostas e sugestões que surgiram nessas assembleias e
elaboramos um documento. Porém, parece que o GDF só trabalha em horário
comercial, de forma que a entrega do documento se deu hoje pela manhã. Amanhã
(10), possivelmente, teremos uma nova rodada de negociações. Houve avanços, mas
podemos avançar mais, principalmente na questão do cumprimento da lei do Plano
de Carreira. Assim, manter a greve é dar força para a Comissão”, disseram.
Presente à assembleia, a vice-presidente nacional da CUT,
Carmem Foro, lembrou que o ano de 2015 tem sido pesado para a classe
trabalhadora, mas “demonstramos o quanto é importante termos sindicatos fortes,
de luta. A educação está de parabéns em todo o Brasil. Vocês, do Distrito
Federal, são vitoriosos pela resistência, pela luta e pela firmeza em todos os
momentos desta greve”, disse.
A unidade dos trabalhadores também foi lembrada pelo
dirigente cutista Roberto Miguel. Ele explicou que o bloqueio ocorrido nesta
manhã, nas rodovias 020, 040 e 060, foi promovido pela Frente Nacional de Luta
em solidariedade aos(às) professores(as) e demais servidores em greve.
Outro ponto positivo da assembleia de hoje foi a
institucionalização da paridade de gênero nas inscrições para uso de microfone
no carro de som.
Manifestação – Após a assembleia, professores(as) e orientadores(as)
educacionais promoveram um protesto em frente ao Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios (MPDFT).
O ato é para repudiar a Recomendação N.º 7/2015–PROEDUC,
de 28 de outubro de 2015, emitida pela Promotoria de Defesa de Educação, na
qual, após vários “considerando”, trata da necessidade de medidas
administrativas de cunho coercitivo, como o corte de ponto dos servidores
grevistas, para acabar com o movimento paredista.
A categoria quer saber que tipo de justiça é essa. “Onde
ela está para cobrar a merenda escolar? Onde ela está para cobrar a reforma das
escolas? Onde ela está para fazer o governo cumprir a lei?”, questionaram
os(as) educadores.
Professores(as) e orientadores(as) educacionais voltam a
se reunir em assembleia geral na quarta-feira, dia 11, às 9h, na Praça do
Buriti, para decidir os rumos do movimento.
Confira o calendário de luta e mobilização
aprovado:
10/11 – terça-feira
Manhã – Atividades nas cidades, concentração às 8h, nos
seguintes locais:
Brazlândia – CEM 01
Ceilândia – CEM 02
Gama – CAIC
Guará – CEDO 1
N.Band/Candangolândia/Riacho Fundo I e II – CEM NB 01
Paranoá – CEF 01
Planaltina – Centrão
Plano Piloto/Cruzeiro – Elefante Branco
Recanto das Emas – Posto Ipiranga
Samambaia – CEE 01
São Sebastião – CAIC Unesco
Sobradinho – CEM 01
Santa Maria – CE Especial 01
Taguatinga – CEMAB
Tarde: Reunião com diretores de escolas na Escola Parque 308
Sul, às 14h30
11/11 – quarta-feira
Assembleia Geral, às 9h, na Praça do Buriti