Segunda, 10 de dezembro de 2010
Por Mauro Santayanna
(Carta Maior) -Com
a intenção de “normalizar e simplificar a governança estratégica” do
gigantesco grupo de armamentos EADS, assegurando, ao mesmo tempo, que a
Alemanha, a França e a Espanha, protejam os seus legítimos “interesses
estratégicos”, os governos dos três países acabam de fechar acordo para
manter 24 por cento das ações nas mãos dos estados francês e alemão e 4
por cento sob propriedade do estado espanhol. Mantêm, assim, o domínio
do grupo, que controla, direta e indiretamente várias empresas
prestadoras de serviços na área de defesa, no Brasil, como é o caso da
Cassidian.
Enquanto no Brasil é pecado o Estado meter-se em outras áreas que
não sejam segurança, saúde e educação, países admirados por muitos como
paradigmas de capitalismo avançado e do livre-mercado, asseguram a
propriedade do Estado em áreas estratégicas da economia - e nem por
isso o mundo vem abaixo.