Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O velho caminho de sempre

Sexta, 10 de junho de 2011
O governo Agnelo continua se aprofundando no velho caminho e está sem saber como acertar o passo e começar a andar por um novo caminho


Que a saúde, a segurança e os transportes públicos e também as demais áreas sociais do governo, se encontram no tortuoso, viciado e velho caminho trilhado pelos Rorizes, Arrudas, Rossos, não há dúvidas. Basta observar o que o povo de Brasília tem sofrido. A área da saúde, que o governador prometeu em campanha que assumiria pessoalmente, a cada dia piora. Segundo o candidato Agnelo, não faltava dinheiro para a saúde, mas tão somente gerência eficaz.

Pelo que estamos vendo a gerência ineficaz e ineficiente continua. A saúde não sai do lugar, melhor, sai e dá lugar à doença.


Faltam médicos, enfermeiros, auxiliares de saúde, remédios de alto custo (e também de baixo custo), seringas, agulhas, leitos, macas e até auxiliares administrativos para preencherem as fichas de atendimento. Vigilantes, que são pagos para vigiar, preenchem as fichas de atendimento na portaria de hospital. Doentes são colocados nas macas, quando elas existem, por pessoal que não é qualificado para isso. Vigilantes quebram o galho nesse trabalho, arriscando quebrar os ossos dos pacientes. Enquanto isso, tem vigilante que cochila e acha que a saúde está em um novo caminho.


Infelizmente estamos no já batido ultrapassado caminho, e estamos aí marcando passo especialmente nas áreas sociais.


Os tais conselhos tutelares, tão importantes para proteger os direitos de crianças e adolescentes, continuam relegados ao abandono. Não há a mínima estrutura para que funcionem sequer razoavelmente. Um desrespeito aos direitos de seu público alvo.


Um arco político tão aberto como foi aquele que levou Agnelo ao Buriti está conduzindo o governador a marchar pelo velho caminho rorizista/arrudista em termos de administração e relacionamento com a Câmara Legislativa. Comissões Parlamentares de Inquéritos —CPIs— estão sendo, como d’antes, enterradas pelas articulações da base governista. Qual o medo, qual a razão para que isso aconteça? DFtrans, Saúde, Pró-DF, são CPIs que morreram nos braços da base de governo. Medo de que aliados de última hora sejam também atingidos por possíveis investigações?


Caminho novo não pode ser construído com gente viciada em caminhar por caminhos tortuosos.


Agnelo que abra o olho! Se não abrir, e rápido, pode cair num buraco do velho caminho.