Terça, 15 de maio de 2012
Da Agência Brasil
Luciana Lima, repórter
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o depoimento do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG) tentará ouvir amanhã (15) os depoimentos dos procuradores Daniel de Resende Salgado e Léa Batista de Oliveira.
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o depoimento do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG) tentará ouvir amanhã (15) os depoimentos dos procuradores Daniel de Resende Salgado e Léa Batista de Oliveira.
Eles participaram das investigações da Operação Monte Carlo, que acabou
na prisão de Cachoeira em fevereiro deste ano. O depoimento dos dois
procuradores estava previsto para a semana passada, no entanto, foi
adiado porque a comissão prolongou a oitiva do delegado Matheus Mela
Rodrigues por toda a quinta-feira.
Hoje, o ministro Celso de Mello do STF acatou pedido da defesa de
Cachoeira para adiar o depoimento dele na comissão parlamentar mista de
inquérito (CPMI) do Congresso previsto para amanhã (15). De acordo com a
decisão, o depoimento de Cachoeira fica suspenso até o julgamento do
mérito do pedido.
O relator considerou a decisão do STF "equivocada". "Nós respeitamos a
decisão, no entanto discordamos, pois, em nenhum momento houve
cerceamento da defesa", disse o relator. "Infelizmente, houve esse
encaminhamento equivocado".
Caso não se consiga preparar a tempo o depoimento dos procuradores, o
presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), poderá ainda optar
por antecipar a reunião administrativa para votar cerca de 200
requerimentos que aguardam apreciação do STF. Essa reunião estava
marcada para a próxima quinta-feira (17).
Entre os requerimentos há os pedidos de convocação de governadores, do
Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel e da mulher dele, a
subprocurdora Cláudia Sampaio, além da quebra de sigilos bancário,
fiscal e telefônico da empresa Delta Construções e do dono da empresa,
Fernando Cavendish.