Quarta, 2 de outubro de 2013
Foto publicada no Jornal do Brasil.
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Da Agência Brasil
Rio
de Janeiro - Vinte e três pessoas ficaram feridas, sendo 12 policiais
militares, durante os confrontos ocorridos no centro do Rio entre a
Polícia Militar (PM) e manifestantes na noite de ontem (1º). Os
policiais tiveram ferimentos leves e já foram liberados do Hospital
Central da Polícia Militar. Os demais feridos foram levados para o
Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, de onde já foram liberados,
segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Além disso, o centro amanheceu com marcas de destruição. Agências
bancárias, prédios públicos e comerciais, pontos de ônibus, placas de
trânsito, lixeiras e uma cabine policial foram destruídos.
No fim da noite de ontem (1º), a Tropa de Choque da PM dispersou,
com bombas de gás lacrimogêneo, os manifestantes que retornaram às
escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, após a aprovação do Plano de Cargos,
Carreiras e Remuneração dos professores da rede municipal de ensino. A
manifestação era formada por professores municipais e membros do grupo
Black Bloc.
De acordo com a Polícia Militar, 17 pessoas foram detidas e
conduzidas para delegacias da região central da cidade. A PM informou
ainda que, entre os presos, nenhum era professor. A Polícia Civil
informou que o manifestante Ojuoba Bruno Marinho Barros da Silva, de 25
anos, teve a liberdade condicional revogada e foi encaminhado para uma
unidade prisional da Secretaria de Administração Penitenciária do
estado.
Para o relações públicas da PM, tenente-coronel Cláudio Costa, a
Polícia Militar agiu para garantir o direito democrático de
manifestação dos professores. “O que vimos ontem foi a participação de
um grupo de vândalos que se infiltrou no meio do movimento atacando a
Polícia Militar, trazendo todo o transtorno visto.”
A PM vem trabalhando para melhorar as ações durante protestos,
segundo ele. Sobre o bloqueio das ruas em torno do Palácio Pedro
Ernesto, sede da Câmara Municipal, o relações públicas disse que a ação
foi necessária para “garantir o funcionamento da sessão plenária que
decidiu pelo plano de carreira dos professores”.
Os
professores retiraram o acampamento montado na Rua Alcindo Guanabara,
ao lado da Câmara Municipal, na manhã de hoje (2). As nove barracas
estavam no local desde a madrugada de domingo (29), quando os
profissionais da educação foram expulsos do plenário da Casa. Os
professores municipais informaram que a greve vai continuar e uma
assembleia está marcada para sexta-feira (4).