Da Ponte
Queda na renda das mulheres e na paridade salarial tira 9 posições do Brasil no ranking de igualdade de gênero. Já em saúde e educação, País tem nota de igualdade máxima
Um recuo na renda das mulheres e na paridade salarial para funções similares em relação aos homens tirou do Brasil 9 posições no ranking mundial de igualdade de gênero, em 2014 frente a 2013. Os dados do relatório Global Gender Report, produzido anualmente pelo Fórum Econômico Mundial,
colocam o Brasil no 71o. lugar entre 142 nações pesquisadas. Em 2013, o
País ocupava a 62a posição, mesmo já tendo atingido o grau de igualdade
absoluta nos quesitos educação e saúde. Segundo o relatório, a
pontuação (numa escala onde 1 é considerado igualdade máxima) de
igualdade de renda da mulher passou de 0,69 para 0,59 e a paridade entre
salários caiu de 0,54 para 0.51. Responde por essa conta além da
economia, a mentalidade ainda atrasada do empresariado que vê a mulher
como cuidadora e procriadora.
O estudo analisa participação econômica (paridade salarial, renda
e oportunidades); desempenho na educação; saúde (taxa de natalidade e
expectativa de vida) e representação política, item no qual o Brasil
apresenta seu pior desempenho, 0.148.
A queda na renda e na paridade salarial interrompe
um crescimento contínuo no quesito economia que acontece desde 2010, mas
que também não mudou muita coisa. Assim como em 2010, a renda das
brasileiras ainda costuma ser metade da dos homens, bem como a distância
entre salários. Analisados isoladamente, os indicadores de igualdade
econômica mostram o Brasil na 81a. posição, atrás de Uruguai, Bolívia e
Peru, só para citar os da América do Sul.