Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Greves no Distrito Federal continuam com adesão de mais uma categoria


Segunda, 9 de novembro de 2015
Da Agência Brasil
Servidores da Companhia Energética de Brasília entraram em greve nesta segunda-feira (9) por tempo indeterminado. De acordo com o sindicato da categoria – STIU-DF – serão mantidos os serviços emergenciais e um quadro mínimo de funcionários de 30% para que a população não seja prejudicada. Os servidores cobram maior índice no reajuste salarial, aumento do piso da categoria, pagamento de auxílio-transporte e auxílio-creche e fornecimento de indenização no caso de morte ou invalidez permanente.
Desde o início de outubro, diversas categorias profissionais estão paradas no Distrito Federal. As greves começaram por causa do pacotede medidas econômicas anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg para equilibrar as contas públicas.

O pacote prevê a suspensão dos reajustes concedidos de forma escalonada em 2013, aumento de tarifas públicas, que incluem o reajuste de passagens de ônibus, da entrada ao Jardim Zoológico de Brasília e do valor cobrado pela refeição em restaurantes comunitários.
Os médicos e enfermeiros do DF estão parados desde o dia 8, e atendem apenas emergências nos hospitais. Os atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas estão sendo adiadas ou canceladas.
Para a estudante Aline Melo, as paralisações dos metroviários e da saúde são as que mais afetam os cidadãos no dia-a-dia. “Devido à greve, a locomoção está difícil. Os ônibus estão locados e o deslocamento mais demorado. E a greve dos enfermeiros está prejudicando a vacinação das crianças e as buscas por atendimento médico”, disse.
Os metroviários iniciaram a greve no dia 3 de novembro. De acordo com o sindicato, 75% dos 1,2 mil trabalhadores estão parados. Com a paralisação, o serviço passou a funcionar parcialmente: 60% dos trens rodam, e apenas no horário de pico – entre 6h e 9h e entre 17h30 e 20h30. A greve continua.
Em greve desde o dia 16 de outubro, devido ao não pagamento pelo governo da última das seis parcelas do reajuste aprovado em 2013, os professores decidiram em assembleia hoje (9) que a greve será mantida. De acordo com o coordenador de Imprensa do Sinpro-DF, Cláudio Antunes, cerca de 80% dos mestres do ensino básico aderiram à paralisação. Uma reunião está prevista para terça-feira (10) e uma nova assembleia acontecerá na quarta-feira.
Já os agentes do Departamento de Estradas de Rodagem entraram em greve no dia 8 de outubro. O sindicato da categoria não tem estimativa de quantos funcionários aderiram à paralisação. Com a greve, houve a suspensão da reversão de faixas e de fiscalizações de trânsito.
Agentes do Departamento Nacional de Trânsito aderiram a greve no dia 27 de outubro. O sindicato afirma que 100% dos 1,3 mil servidores aderiram à paralisação. Com a greve, os serviços de vistoria de veículos, emissão de documentos, fiscalização de trânsito, apreensão e liberação de veículos, processos de obtenção de renovação de CNH e análise de recursos de multas estão suspensos.
Os funcionários do serviço de pronto atendimento Na Hora, os músicos da Orquestra Sinfônica e os servidores de atividades culturais também iniciaram greves no dia 8 de outubro. Todos cobram o pagamento do reajuste suspenso.
Os servidores da Novacap entraram em greve no dia 3 de novembro. Os servidores pedem reposição inflacionária, que dizem ser de 10%. Com a paralisação, estão suspensas podas e recuperação de asfalto.