Do Blogue Náufrago da Utopia
Por Celso Lungaretti
Padilha pede "grandeza de espírito" |
Desde o primeiro momento avaliei Tropa de elite
(2007) como um filme fascistoide, por banalizar a suprema abominação
que é a tortura, heroicizando os criminosos fardados que a praticam
contra delinquentes.
O
próprio diretor e co-autor do roteiro, José Padilha, parece ter-se dado
conta disto, pois o filme seguinte da série (2010), cujo título recebeu
o significativo complemento de O inimigo agora é outro, foi uma espécie de autocrítica, com o tal capitão Nascimento se voltando contra os delinquentes maiores do País, os políticos.
Os
bandidos das ruas roubam, traficam, estupram e matam no varejo,
enquanto os bandidos da Praça dos Três Poderes fazem a mesmíssima coisa
com as esperanças de todo o povo brasileiro, praticando seus malefícios
por atacado, em escala infinitamente maior. Continue lendo