Terça, 20 de setembro de 2016
Vitor Abdala – da Agência Brasil
Seis beneficiados por acordos de delação premiada
no caso de corrupção na Eletronuclear tiveram suas penas definidas pelo
juiz Marcelo Bretãs, da 7ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro.
Entre as penas definidas estão regime domiciliar com monitoramento
eletrônico, regime semiaberto e regime aberto diferenciado.
Condenado
a 18 anos de reclusão, o ex-presidente da construtora Andrade
Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, cumprirá os três regimes: um ano
de regime fechado domiciliar, dez meses em semiaberto e dois anos em
regime aberto. Flávio David Barra terá a mesma pena.
Clóvis
Renato Primo, que tem uma condenação de dez anos, Rogério Nora de Sá,
condenado a 17 anos, e Gustavo Ribeiro de Andrade Botelho, com
condenação de 15 anos, cumprirão 18 meses em regime semiaberto e dois
anos em aberto.
Outra pena
Já Olavinho
Ferreira Mendes cumprirá três anos em regime aberto diferenciado,
durante os quais prestará 20 horas mensais de serviço à comunidade.
Em agosto, 13 pessoas foram condenadas por envolvimento
em um esquema de corrupção envolvendo contratos da estatal
Eletronuclear. Entre elas, o ex-presidente da empresa, Othon Luiz
Pereira da Silva, que foi condenado a 43 anos de prisão, em regime
inicialmente fechado, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de
dinheiro, embaraço às investigações, evasão de divisas e participação em
organização criminosa.
Segundo o Ministério Público Federal, que
pediu a condenação, Othon recebia 1% de propina nos contratos firmados
entre a estatal e as empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, para a
construção da Usina Nuclear Angra 3, no complexo nuclear de Angra dos
Reis.