Terça, 20 de setembro de 2016
Deu em EuroNews
Pelo menos 17 mortos — 14 civis e três polícias — é o balanço oficial
do Ministério do Interior da República Democrática do Congo, na
sequência dos violentos confrontos em que degenerou mais um protesto
contra a eventual continuidade no poder do Presidente Joseph Kabila.
Por outro lado, um elemento da associação congolesa para o acesso à
Justiça fala em pelo menos 25 manifestantes mortos a tiro pela polícia e
um grupo da oposição ao governo, o “Rassemblement” (Reunião), garante
que terão morrido mais de 50 pessoas, apelando ao povo para voltar às
ruas já esta terça-feira e manter a pressão sobre o ainda chefe de
Estado.
Joseph Kabila está na presidência da RD do Congo desde 2001 e, pela
Constituição do país, não poderá manter-se no poder no final do presente
mandato, que termina a 20 de dezembro. Em meados de maio, o Tribunal
Constitucional emitiu uma autorização para que Joseph Kabila se
mantivesse no poder caso as presidenciais não fossem organizadas até ao
termo do seu mandato.
As eleições ainda não foram marcadas e cresce o receio de que já não
serão realizadas este ano. O “Rassemblement” convocou uma manifestação
para esta segunda-feira contra a eventual continuidade de Kabila no
poder para lá do fim do mandato e os protestos degeneram em confrontos
violentos com as autoridades.