Segunda, 4 de junho de 2012
Da Agência Brasil
 Débora Zampier, repórterO ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), 
concedeu liminar na noite de hoje (4) para que a professora Sejana 
Martins fique em silêncio na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito 
(CPMI) do Cachoeira. Ela é uma das quatro testemunhas convocadas para 
depor amanhã (5). Ela é apontada como “laranja” do esquema chefiado pelo
 empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusados de 
explorar jogos ilegais.
A liminar de Fux está registrada no andamento do Habeas Corpus 113.881 no site do STF, mas a íntegra da decisão, com as fundamentações do ministro, ainda não foi liberada.
Sejana Martins era uma das sócias da empresa Mestra Administração e 
Participações, que, no cartório, é a dona da casa onde Carlinhos 
Cachoeira foi preso em fevereiro. O imóvel foi comprado do governador 
goiano Marconi Perillo e Sejana deixou a sociedade dias após a 
transação.
No pedido de habeas corpus, os advogados argumentam que os 
parlamentares não consideram Sejana apenas uma testemunha, “sendo 
evidente que deve ser tratada como investigada, com todos os direitos 
ínsitos [inseridos] a esta condição respeitados”.
Outra testemunha convocada para amanhã, a gestora Eliane Pinheiro 
também aguarda liminar do STF para ficar em silêncio. Ela é ex-chefe de 
gabinete de Perillo, acusada de passar informações sigilosas de 
operações policiais a aliados de Cachoeira. O habeas corpus foi distribuído para o ministro Celso de Mello, que deve julgar o caso ainda hoje.
Mais duas testemunhas são esperadas na CPMI amanhã, todas ligadas ao
 governador Perillo. Um deles é o empresário Walter Paulo Santiago, que 
declarou ter comprado a casa do governador, embora a escritura não 
esteja no seu nome. O outro é Écio Antônio Ribeiro, o único sócio 
restante da Mestra Administração e Participações.
