Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Economia brasileira: Despreparada, descontrolada, desativada, desesperada. No Amazonas, Lula e Dilma, massacrados

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Sexta, 10 de outubro de 2014
Da Tribuna da Imprensa
Helio Fernandes
Nada funciona. Não há investimento, crescimento, desenvolvimento. Para não fugir do trivial ou habitual, Dona Dilma envolve fatos numa espécie de invólucro de mistificação, e perambula, que palavra, triunfante, convencida de que está levando o país a uma aura e Era de prosperidade. Que só pode ou poderia durar mais quatro anos, se for com a sua reeleição.
Apesar dos 12 milhões de votos de vantagem que conquistou no nordeste, se perder e não for reeleita, Dona Dilma não pode culpar ninguém. O grande fator para a derrota terá sido o fracasso da política econômica. Como já disse nas duas primeiras palavras, abrindo estas observações, com ela NADA FUNCIONA.

Começando com a inflação, que atinge principalmente os que vivem de salários, qualquer que seja o seu tamanho, tentam enganar a todos, misturando "centro da meta" (4 e meio por cento) com o "alto da meta". (6 por cento). Os 4 e meio por cento ficaram longe desde que tomou posse como poste "inventado" pelo ex-presidente.
Tentam ficar no "centro da meta", seis ou seis e meio, vá lá, mas foram obrigados a confessar: "A inflação está em 6,75%, e resistente”. Nos próximos dias ou meses, nenhuma esperança. Aumentam violentamente os juros para reduzir essa inflação, os efeitos colaterais logo aparecem, mas a inflação permanece. O que fazer?
Dona Dilma não sabe e já não tem mais tempo para aprender. Nem adianta chamar de "pibinho", esse é o mais repetido lugar comum da economia do Brasil. Dona Dilma no inicio falou em mais três por cento de aumento para este 2014, mas 19 reduções nas previsões, levaram esse "pibinho" á maior desconfiança.
E até o FMI diz que "a economia do Brasil ficará estagnada em 2015, pode melhorar em 2016". E ainda ameaça com uma possível desclassificação do Brasil. Como responder?
Dona Dilma não tem tempo, espaço, vontade ou idade para aprender. E não adianta tentar comparação com Lula, que segundo muitos ou alguns, de um lado ou do outro, nunca aprendeu nada. Podem dizer o que quiseram do Lula, a verdade é que ele nasceu sabendo. E com a vida foi impondo o seu formidável carisma, liderança, comando natural.
Nem quero defendê-lo, ele não precisa. Que diferença do governo verdadeiro de Lula, e a incompetência congênita e adquirida de Dona Dilma. As passagens de Lula, presidente brasileiro discursando na ONU, marcantes e inesquecíveis. Dona Dilma, que vexame, sua aparição defendendo "dialogo com terroristas extremistas", selvagens que apavoram o mundo.
O Estado Islamico não será derrotado como tentam.
O mundo não tem importância apenas pelo segundo turno da escolha presidencial no Brasil. É preciso tratar desse estado Islamico que apavora o mundo. E escrevendo sobre isso estaremos trazendo Dona Dilma para o palco, onde ela, atriz medíocre e monotona, tentou recitar de improviso o seu papel.
Mais fracasso para Dona Dilma. E onde é que ela "aprendeu" tudo que não sabe? E chegou a presidente, ganhando na primeira eleição que disputou? Os que combatem o estado Islâmico, SEM TROPAS, confessam que estão sendo derrotados, só com bombardeios, levarão anos. Quando isso foi decidido, no mesmo dia escrevi, aqui: "Não existe vitória sem tropas. A Aeronáutica e a Marinha podem bombardear, mas é indispensável a ocupação pela infantaria, a rainha das armas".
Divergência mas não desentendimento
Na quarta feira eu dizia: "PSB e a Rede estão de acordo em quase tudo, mas falta a palavra de Dona Marina, que não sairá hoje, nem amanhã”. Jornaloes davam tudo como resolvido, e insistiram nisso.
Ontem, quinta, Dona Marina sinalizou que "não existe contrariedade em relação ao Banco Central Independente ou com Autonomia". Mas como revelei e confirmei, não houve acordo explicito ou implícito, Dona Marina tem "pontos programáticos dos quais não abre mão".
Não chega a ser exigência, mas sim a possibilidade da neutralidade de 2010. Se isso acontecer, Dona Dilma nem precisa ir ao Nordeste.
No Amazonas, Lula e Dilma, desprezados pessoal e eleitoralmente
Eduardo Braga, líder de Dona Dilma no senado, arrogante, pretensioso, tinha um projeto que não escondia. 1-Ser eleito governador. 2- Renunciaria, assumiria a suplente, sua mulher. 3- Também renunciaria, a vaga iria para o milionário que financia tudo. 4- Sua mulher seria secretaria de qualquer coisa.
Três dias antes da eleição, escrevi: "ganha no primeiro turno, ou perde no segundo". Vai perder. Três forças poderosas contra ele. O Prefeito Artur Virgílio, cujo filho, proporcionalmente foi deputado federal mais votado do país. José Melo, que disputa a reeleição, será reeleito. E o senador que venceu Osmar Aziz, já em campanha contra Braga.
Como disse no titulo, a presidente e o ex-derrotadissimos lá mesmo. Braga implora que voltem, os dois ficam em silencio.
PS- Com os preços da alimentação subindo desenfreadamente por causa da inflação sem controle e fingindo preocupação, Dona Dilma recomendou: "Não tem carne? Come frango".
PS2- Considera que assim ganha muitos votos e demonstra cultura e conhecimento sobre a Revolução Francesa. Parodiando a frase atribuída a Maria Antonieta, "Não tem pão? Come brioche".
PS3- A seleção do Brasil de volei, classificada ontem para a semifinal, é o único titulo que não tem. E obteve isso sem jogar, com a sensação que foi a China ganhando da Republica Dominicana. A China perdia por dois sete a zero, e no terceiro, os dominicanos estavam 10 a 5. Pois a China ganhou os três sets seguintes.
PS4- Ontem, pela décima vez seguida, o Banco da Inglaterra manteve os juros em 0,50 meio por cento. 22 vezes menor do que no Brasil. 
PS5- A Bovespa continua mostrando satisfação com o segundo turno, a não vitoria de Dona Dilma. Fechou em alta de quase 1 por cento puxada por Petrobras e Banco do Brasil, que Dona Dilma intimidava com privatização.
Amanhã, sábado.
Punir corruptos, obrigação. Acabar com a impunidade de corruptores, grande empreitada.