Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Luciana Genro foi sabatinada hoje pelos leitores do Jornal El País

Quarta, 1º de outubro de 2014
Do El País
Los internautas preguntan a Luciana Genro
Luciana Genro

Ayres Monteiro Neto

1. 01/10/2014 - 15:03h.
Olá Luciana, sou Brasileiro, de São Paulo, Como Professor de Educação Física, gostaria de saber quais são seus projetos para o Esporte do Brasil tendo em vista que este, é uma das grandes ferramentas de Inclusão social?

Oi, Ayres. Nosso programa de esportes foi feito com a grande colaboração do jornalista Juca Kfouri. É um importante instrumento de inclusão social e de promoção da saúde. Como está em nosso programa: "Construir um país saudável, que invista no esporte como fator de prevenção de doenças, socialização e educação, tripé que reduz a violência e estimula a cidadania". Tu podes conhecer mais dele no www.lucianagenro.com.br/programa.
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Jean

2. 01/10/2014 - 15:10h.
Luciana, qual é o seu posicionamento sobre a desmilitarização das Policias Militares, sobre o funcionamento das UPPs no Rio de Janeiro e sobre o projeto que criou Estatuto Geral das Guardas Municipais, dando porte de arma e alguns poderes de polícia aos GMs?

Acredito que é necessário uma reforma nas polícias, que deve começar pela desmilitarização, com valorização dos policiais através de um piso salarial nacional, carreira única e formação em direitos humanos. Não é concebível numa democracia que a polícia seja militarizada e tenha como lógica a guerra. Vimos o despreparo e descontrole da polícia nas manifestações de junho de 2013 e recentemente no caso do trabalhador do comércio de rua de São Paulo sumariamente executado. As UPPs tem um grande problema: levaram polícia e não levaram direitos sociais. O acesso à saúde, à educação e ao saneamento seguem sendo negligenciados pelo governo carioca. As UPPs apresentam os mesmos problemas da polícia militar de outros lugares, acaba aprofundando a criminalização da pobreza como vimos no caso do Amarildo. Sobre as Guarda Municipais defendi na minha campanha à Prefeitura de Porto Alegre em 2008 que elas tenham o conteúdo que apresentei acima.
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Lívia Machado Campos

3. 01/10/2014 - 15:14h.
Por qual a razão a senhora silenciou durante o debate da TV Record após ouvir as declarações absurdas do candidato Levy Fidelix de odio à população LGBT? Nenhum candidato comentou, todos se calaram.

Quem silenciou durante toda a campanha sobre os direitos LGBTs foram a Dilma, a Marina e o Aécio. Pautei em todos os debates o tema LGBT, o combate à homofobia e à transfobia, o casamento civil igualitário e o programa Escola Sem Homofobia, que a Dilma cedeu aos seus acordos com os reacionários no Congresso Nacional. Marina cedeu os direitos LGBTs em menos de 24 horas e 4 tuítes do Malafaia. Aécio mal toca na questão. Não concordo com essa ideia de que silenciei. Se eu não tivesse levado esse tema aos debates, essa seria mais uma eleição que o tema seria desprezado.
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Pedro Lemos

4. 01/10/2014 - 15:18h.
Os bancos lideram a arrecadação tributária no Brasil e são submetidos a um regime mais severo de tributação em relação às demais empresas. Não soa demagógico satanizar os bancos quando os fatos mostram que eles contribuem substancialmente à manutenção do país?

Pedro, na verdade é o contrário. As instituições financeiras tem carga tributária de 17%, enquanto a indústria tem carga tributária de 35%. Essa é uma das discrepâncias que precisam ser corrigidas para que o país possa garantir mais direitos sociais à população, aumentando a arrecadação de um setor da economia que atua com muita liberdade, responsável pela crise econômica que o mundo vive e que não gera emprego e riqueza.