Terça, 3 de novembro de 2015
Levy se desequilibrou quando falava com jornalistas
Deu no Jornal do Brasil
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, levou um tombo enquanto
falava aos jornalistas e se encaminhava para a saída após participar de um
evento no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.
O ministro dizia que voltaria a falar aos jornalistas no
ministério das Relações Exteriores, quando se desequilibrou. Um segurança
tentou ajudá-lo a se levantar, mas ele recusou a ajuda.
Ministro se desequilibrou ao falar com jornalistas
No evento no TCU, o ministro da Fazenda disse que
o reforço da atuação do Tribunal de Contas da União no controle das contas
públicas não deve ser entendido como uma ameaça aos governantes. Ele afirmou
que a mudança de postura das entidades de fiscalização ajuda o governo a
aperfeiçoar as políticas públicas e o atendimento das demandas da sociedade.
Segundo o ministro, o reforço da fiscalização representa um
avanço no aumento da participação do cidadão na execução do orçamento. “A nova
postura não deve ser entendida como ameaça aos gestores públicos, mas sim, como
oportunidade, uma vez que ações desse tipo auxiliam e ensejam o aprimoramento
da administração pública”, destacou Levy, sem citar a rejeição, por unanimidade,
das contas do governo federal de 2014 pelo TCU.
Levy disse que a cooperação entre a equipe econômica e o TCU
tem resultado na melhoria da administração pública. “De fato, a cooperação
permanente com TCU tem sido de grande valor. O diálogo, tanto das equipes
técnicas quanto dos diversos ministros, fortalece a qualidade das nossas
políticas e o controle sobre elas.”
De acordo com Levy, o Brasil tem um dos orçamentos mais
transparentes do mundo, tendo ficado em sexto lugar num levantamento
internacional. Ele disse que o fato de o Brasil ter ficado nas primeiras
posições nos quesitos avaliados – transparência, participação social e
fiscalização de processos na elaboração do Orçamento – mostra que o país tem
instituições avançadas envolvidas no controle das contas públicas.
O ministro participou da abertura de seminário promovido
pelo TCU e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE) sobre gestão de entidades fiscalizadoras, que resultou na renovação de
um acordo de cooperação técnica entre os dois órgãos. Durante o evento, o
presidente do TCU, ministro Aroldo Cedraz, disse que a renovação do acordo é
importante para levar a fiscalização das contas públicas a um novo nível.
“Estamos dando novo um passo para que a OCDE e todas as
instituições de controle que fazem parte do sistema de controle, como os
tribunais de Contas estaduais, possam inovar e, sobretudo, encontrar novos
meios para que atinjamos um novo patamar de fiscalização dos recursos públicos.
Não existe desenvolvimento sem cooperação”, afirmou Cedraz.
A OCDE é uma organização que reúne os 30 países mais
industrializados do mundo. Ao abrir o evento, o secretário-geral da OCDE, Ángel
Gurría, disse que o debate sobre a gestão do governo é essencial para tornar
mais eficientes as políticas públicas e restaurar a confiança da população nas
instituições.
“Por que a questão virou tão importante? No Brasil e em
outros países da OCDE, os cidadãos desconfiam dos governos, especialmente da
maneira como eles lidam com o legado da crise econômica global. Todos os países
estão com muita pressão sobre as finanças públicas, enquanto os cidadãos têm
expectativas sobre a prestação dos serviços públicos”, ressaltou.
Para Gurría, a ampliação da transparência e da fiscalização
garante que os recursos públicos sejam bem utilizados para obter os melhores
resultados possíveis. “É preciso informar quais políticas e programas funcionam
e quais não funcionam. Essa é a melhor maneira de recuperar a confiança do
cidadão e garantir que os recursos públicos sejam utilizados para maximizar os
seus resultados”, acrescentou.