Segunda, 16 de
novembro de 2015
Da Agência Brasil
O Ministério Público (MP) de Minas
Gerais informou hoje (16) que fechou um acordo com a Mineradora Samarco para
pagamento de caução socioambiental de R$ 1 bilhão por conta do rompimento de
duas barragens de rejeitos de mineração em Mariana (MG).
No dia 5, as barragens da Samarco,
empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, se romperam, formando uma
onda de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou a outras
regiões de Minas Gerais e do Espírito Santo. A lama alcançou o Rio Doce,
impedindo a captação de água e prejudicando o ecossistema da região.
Os rejeitos formaram uma onda de lama
que destruiu o distrito de Bento Rodrigues e chegou a outras regiões de Minas
Gerais e do Espírito Santo /Corpo de Bombeiros/MG -
Divulgação
Até agora, sete corpos foram
identificados, quatro aguardam identificação e 12 pessoas permanecem
desaparecidas. Mais de 600 ficaram desabrigadas.
Segundo o MP, o dinheiro deve ser
usado para garantir custeio de medidas preventivas emergenciais, mitigatórias,
reparadoras ou compensatórias mínimas.
Em nota, o promotor Carlos Eduardo
Ferreira Pinto informou que os valores necessários para as ações poderão ser
maiores.
“Porém, o termo estabelece uma
garantia jurídica concreta, que não existia até então, de que os valores
iniciais emergenciais estão resguardados.”
De acordo com o MP, quem vai gerir e
aplicar os recursos em ações é a própria Samarco. Mas o termo estabelece que os
gastos deverão ser auditados por empresa independente escolhida pela
promotoria.
A Agência Brasil entrou
em contato com a Samarco por telefone e e-mail e aguarda
retorno.