Terça, 8 de maio de 2012
O governador do Distrito Federal (DF), Agnelo Queiroz (PT),
sofreu hoje (8) uma baixa na sua base aliada – formada pelo PT, PMDB,
PSB, PSL e PCdoB. A Executiva Nacional do PPS decidiu, por unanimidade,
deixar de integrar a base de apoio ao governo. A decisão inclui a
entrega de todos os cargos ocupados pelo partido nas várias áreas do
governo do DF.
A medida foi tomada pelo PPS como reação às denúncias de envolvimento
de Agnelo com o empresário de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, conforme investigações da Polícia Federal.
A decisão foi definida em uma longa reunião nesta manhã, na qual estava
presente o presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto
Freire (PE). A decisão recebeu 16 votos favoráveis e nenhum contrário.
Há cerca de duas semanas, o PPS distrital havia decidido manter-se na
base aliada do governo do DF. Na esfera nacional, o PPS é um dos
partidos que fazem oposição ao governo Dilma Rousseff (PT).
Na reunião de hoje, Freire alertou sobre a necessidade de defender o
que chamou de “decência” por meio de exemplos e não só palavras. Segundo
ele, as denúncias envolvendo Carlinhos Cachoeira e Agnelo se
“avolumaram”, agravando a situação.
Para o presidente do PPS, manter o partido na base é assumir o que
classificou de ônus desnecessário. O deputado federal Augusto Carvalho
(DF) acrescentou que é necessário que a legenda reveja sua posição em
todos os estados nos quais há indícios de ligações dos governadores com
Cachoeira, como Goiás e Rio de Janeiro.
No começo de abril, 19 dos 24 deputados distritais do DF divulgaram um
comunicado em apoio a Agnelo. Em nota oficial, os parlamentares disseram
acreditar que o Distrito Federal passou por “problemas profundos” e que
o governador representa uma “ruptura com esse passado”.
Fonte: Agência Brasil
Renata Giraldi, repórter