Segunda, 11 de junho de 2012
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Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
A homenagem ao ex-presidente do Chile Augusto Pinochet
(1973-1990) gerou ontem (10) protestos em Santiago, capital chilena,
provocando pelo menos 16 feridos e 25 prisões. Pinochet foi responsável
por um dos governos mais autoritários e violentos da América Latina.
Porém, simpatizantes do ex-presidente conseguiram promover uma cerimômia
em sua homenagem, apesar das manifestações que pediam a proibição da
solenidade.
Em meio aos protestos, 14 policiais e dois jornalistas ficaram
feridos. Os confrontos ocorreram na área próxima ao Teatro Caupolicán,
no centro de Santiago, onde era realizada a homenagem. No local, havia
cerca de 2 mil participantes que assistiram a um documentário sobre
Pinochet.
Durante a cerimônia, o filho do ex-presidente, Augusto Pinochet
Molina, e várias pessoas discursaram. Do lado de fora do teatro, os
manifestantes entraram em conflito com a polícia por cerca de três
horas, atirando pedras e pedaços de pau. Os policiais reagiram com gás
lacrimogêneo e jatos de água na tentativa de dispersar as cerca de 30
mil pessoas que se opunham à homenagem.
Apesar dos protestos, o governo do presidente chileno, Sebastián
Piñera, informou que todos têm direito à reunião. No entanto, no Chile, o
governo de Pinochet é observado como uma parte triste da memória do
país. No governo dele, cerca de 3 mil pessoas foram mortas ou
desapareceram e há registros de 37 mil casos de tortura e de prisões
ilegais.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto