Domingo, 24 de maio de 2015
Do blogo "Brasília, por Chico Sant'Anna"
A realidade descrita pelo Jornal do Clube de Engenharia
do Rio de Janeiro no texto abaixo, retrata erros básicos no
planejamento dos projetos de mobilidade urbana que não são privativos da
Cidade Maravilhosa. Ela se espalha pelo Brasil.
Na Capital
Federal, duas vias expressas, a EPTG e a EPIA, que deveriam abrigar
linhas de transportes rápido, o BRT, não operam como o previsto. Na
EPTG, embora inaugurada em 2010, nem começou. A adaptação da EPIA ficou
inacabada e o que está pronto, como as paradas ao longo do Park Way, não
operam.

Três
anos após a inauguração do primeiro corredor, o TransOeste, mais de 40
acidentes foram registrados, incluindo pelo menos oito óbitos. O
conforto também deixou de existir: projetado para transportar 15 mil
pessoas por hora, o sistema já carrega 17 mil pessoas/hora. Foto de
Chico Sant’Anna.
Barcas não cabem no estaleiro,
bondinhos não circulam porque a obra desconsiderou o espaço para o
freio, trens param no meio do caminho e os BRTs têm lotação absurda no
horário do rush. Estão mais do que evidentes na Região Metropolitana do
Rio de Janeiro os efeitos da falta de planejamento na execução de obras e
serviços
Publicado originalmente no Jornal do Clube de Engenharia
Um dos setores que mais chama atenção – e mais traz prejuízos para a
população –, o setor dos transportes, tem se transformado em um símbolo
da má gestão dos serviços e incompetência no Estado do Rio de Janeiro.
Alguns desses problemas não são novos e, ainda que bem conhecidos pelos
gestores públicos, não há solução à vista. A Supervia é, há muito tempo,
palco de tristes cenas. Em algumas estações, o desnível entre o trem e a
plataforma causa quedas frequentes. Andar pelos trilhos após uma pane
também é problema recorrente: há ocasiões em que, por dias seguidos,
passageiros precisam caminhar nos trilhos até as estações.