Terça, 21 de outubro de 2014
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) foi condenado
hoje (21) pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo
crime de violação de sigilo funcional, ocorrido na época em que era
delegado da Polícia Federal e comandava as investigações da Operação
Satiagraha. Queiroz cumprirá pena de dois anos e seis meses, convertida
em prestação de serviços comunitários, e pagará multa.
Na época
das investigações da Satiagraha, em 2008, Queiroz comunicou a
jornalistas sobre detalhes da operação, que culminou na prisão,
transmitida pela televisão, do empresário Naji Nahas e do ex-prefeito de
São Paulo, morto em 2009, Celso Pitta. A condenação do deputado envolve
também a perda do cargo na Polícia Federal, do qual estava licenciado
para exercer sua função de parlamentar.
O mandato do parlamentar
termina no fim de janeiro de 2015 e ele não foi reeleito no pleito do
início de outubro. A defesa do deputado federal informou que vai
recorrer da decisão. Presente no julgamento, Queiroz deixou o local
visivelmente contrariado. “Não sei explicar aos jovens do Brasil a
injustiça que foi decidida neste Tribunal hoje. Não sei o que vou dizer
aos meus filhos”.