Quarta, 22 de outubro de 2014
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu explicações à Petrobras
sobre o pagamento de US$ 434 milhões, sem previsão contratual, à
Bolívia pelo fornecimento ao Brasil de gás com componentes nobres que
não são utilizados. O despacho determinando a fiscalização nos contratos
foi feito pelo ministro José Jorge.
“Está se pagando por
componentes que não estão previstos no consórcio e que também não estão
sendo utilizados no Brasil. Determinamos uma fiscalização imediata nos
contratos para verificar quem autorizou o pagamento e qual foi o acordo
firmado”, explica. A auditoria deve durar entre 90 e 120 dias.
A
Petrobras tem um contrato de fornecimento de gás com a Bolívia há cerca
de 20 anos. O gás que chega ao Brasil vem com alguns componentes nobres
que podem ser usados pela indústria química, que não são retirados nem
pela Bolívia nem pela Petrobras. “Nenhum dos dois faz isso, nem está
previsto no contrato, e a Petrobras nunca pagou por esses componentes
que não usa. Agora, a Petrobras resolveu pagar esses componentes,
inclusive os atrasados, e isso deu uma conta de R$ 1 bilhão”, disse o
ministro.