Domingo, 17 de janeiro de 2016
Da Agência Andes / Agência Brasil
A
promotoria sueca informou, na última semana, que solicitou ao Equador
permissão para interrogar na sua embaixada, em Londres, o fundador do
site Wikileaks, Julian Assange sobre as acusações de estupro que pesam
sobre ele. A justiça sueca quer interrogar Assange pela denúncia de
estupro, um crime que ele nega.
"A solicitação escrita foi
enviada recentemente pelo ministério da Justiça à promotoria
equatoriana. Não podemos dizer quando chegará a resposta", anunciou a
promotoria, em um comunicado.
Suécia e Equador assinaram em
dezembro um acordo de cooperação judicial para fazer avançar as
investigações que têm ramificações nos dois países, mas principalmente
para permitir o interrogatório de Assange.
O australiano, de 44
anos, acusado por uma sueca de um estupro que teria acontecido a região
de Estocolmo em agosto de 2010, vive recluso na embaixada equatoriana de
Londres desde junho de 2012.
Assange, com ordem de prisão
europeia, se recusa voltar para a Suécia por medo de ser extraditado
para os Estados Unidos, onde foi censurada a publicação do Wikileaks, em
2010, de 500.000 documentos classificados sobre Iraque e Afeganistão,
assim como 250.000 comunicações diplomáticas.
Após ter
descartado um interrogatório em Londres, os juízes suecos tinham
aceitado, em 2015, viajar para a capital britânica para colher o
depoimento do fundador de Wikileaks. Mas o Equador se negou a abrir as
portas da embaixada, na ausência de um acordo bilateral.
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