Quarta, 1º de outubro de 2014
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) vai arquivar todos os fatos
novos que aparecerem contra o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto
Costa. A regra consta no acordo de delação premiada assinado com o órgão
em agosto. Em troca de informações sobre o funcionamento do suposto
esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato, da Polícia
Federal, Costa também terá direto a um ano de prisão domiciliar e
cumprimento da parte da pena a qual for condenado em regime semiaberto.
Para
ter direito aos benefícios, Costa concordou em repassar informações
sobre os crimes praticados na Petrobras ou que envolvam contratos com o
governo e recursos públicos. O ex-diretor também comprometeu-se a pagar
R$ 5 milhões para indenizar o Estado pelos crimes praticados, além de
entregar à Justiça todos os bens que foram comprados com dinheiro
oriundo do suposto esquema de corrupção.
"[O MP] promoverá o
arquivamento de fatos novos em relação ao acusado trazidos pelo
colaborador em relação aos quais não exista, na data do acordo, nenhuma
linha de investigação em qualquer juízo ou instância" propôs o órgão.
Hoje
(30), por decisão do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba,
Paulo Roberto Costa ganhou o direito a cumprir prisão domiciliar. A
decisão foi tomada em troca das informações prestadas por ele no acordo
de delação, no qual ele citou nomes de políticos que receberam propina
do suposto esquema investigado na Operação Lava Jato, da Polícia
Federal.