Quarta, 9 de dezembro de 2015
PM utiliza bombas de gás lacrimogêneo em protesto pedindo melhora na educação
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Militar (PM) utilizou bombas de gás lacrimogêneo
durante confronto, por volta das 21h, com manifestantes que faziam um
protesto reivindicando melhorias na educação pública e que percorreu
ruas do centro da capital paulita. O grupo, que se reuniu no vão livre
do Museu de Arte de São Paulo (Masp), às 18h seguiu em passeata pela Avenida Paulista no sentido Rua da Consolação.
Os
manifestantes seguiram em passeata até a Praça da Ciclista, retornaram
pela Paulista, desceram para a Avenida 9 de Julho e caminharam pelas
ruas do centro até a Praça da República, onde fica a Secretaria da
Educação estadual.
Quando chegaram em frente à secretaria, houve
início de confronto. As pessoas presentes não souberam informar como
começou. A PM começou a jogar bombas de gás lacrimogêneo e, no primeiro
momento, não houve correria. Os estudantes permaneceram na Praça da
República gritando palavras de ordem.
A polícia aumentou a
quantidade de bombas e houve então a dispersão. Alguns manifestantes
colocaram fogo em sacos de lixo na Avenida Ipiranga, na Avenida São Luis
e na Rua da Consolação. A PM seguiu o grupo e usou mais bombas. O
confronto durou até cerca das 22h.
O Comando das Escolas
Ocupadas, que convocou o ato pelas redes sociais, disse que o projeto de
reorganização proposto pelo governador Geraldo Alckmin foi só o estopim
para as mobilizações e que os problemas na educação pública são muito
maiores. Os estudantes pedem salas menos lotadas, maior salário para os
professores, melhor infraestrutura nas escolas e participação
democrática da comunidade nas decisões escolares.
Segundo a PM,
dez pessoas foram detidos e seis policiais ficaram feridos. Um
manifestante foi levado para o 2º Distrito Policial (DP) e nove para o
78º DP. Os seis policiais feridos foram encaminhados para o Hospital do
Servidor Público Municipal Vergueiro. A PM declarou que houve vandalismo
e agressão a policiais.