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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Museu Nacional inaugura exposição permanente de sua vasta coleção de meteoritos

Quinta, 3 de setembro de 2015
O mais famoso meteorito do Brasil, o Bendegó, achado no município baiano de Monte Santo, foi embarcado na estação ferroviária de Jacurici, no município de Itiúba, terra do editor deste blog Gama Livre. Uma ressalva! Claro que não conheci o Bendegó. Não sou tão velho assim (risos)
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Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil
Uma reflexão sobre as origens do nosso planeta e o futuro reservado a ele é o que propõe a exposição Meteoritos – da Gênese ao Apocalipse, aberta no final da tarde de hoje (3) no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. Com peças do próprio acervo do museu, a mostra é a mais abrangente já feita sobre o tema e permite ao visitante aprender sobre a importância desses fragmentos extraterrestres, desde o surgimento da vida na Terra até a extinção de espécies como os dinossauros.



Museu Nacional, da UFRJ, na Quinta da Boa Vista, fecha as portas por falta de pagamento. Em 2018, o Museu completará 200 anos, e é o maior museu de história natural da América Latina (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Aberta hoje (3) no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, a exposição  Meteoritos – da Gênese ao Apocalipse
Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
O título da exposição reflete a preocupação da curadoria em explicar não só o que são os meteoritos mas, também, como eles influenciaram na formação do Sistema Solar e na origem da vida. O caráter mitológico dessas pedras que caíram do céu, foram associadas aos deuses e adoradas como divindades e objetos sagrados, a exemplo da Kaaba dos muçulmanos, também é destacado na mostra.
“Pelo menos duas datas do cristianismo, o Natal e a Páscoa, estão associadas a meteoros”, lembra a curadora da exposição, professora Elizabeth Zucolotto. Na organização da mostra, ela optou pela interatividade: o visitante pode tocar e até mesmo tirar uma selfie sentado em meteoritos como o Santa Luzia, encontrado em 1925 em Goiás. O meteorito é um dos destaques da coleção do museu.
“Um meteorito não é só uma pedra. Tocar nele é tocar num asteróide, num fragmento de um outro planeta, em algo mais antigo que o nosso planeta”, ressalta a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), à qual o Museu Nacional é vinculado.
A instituição é detentora da maior coleção de meteoritos do país, com 62 peças. “O mais famoso é o Bendegó [leia sobre o meteorito], encontrado no sertão da Bahia no século 18. Desde 1888 ele integra o acervo do museu. Já foi o maior do mundo, mas hoje ocupa a 16ª posição”, disse Elizabeth Zucolotto.
A exposição coincide com o 6º Encontro Internacional de Meteoritos e Vulcões, também aberto nesta quinta-feira no museu. O evento reúne especialistas nacionais e internacionais da área, entre eles o pesquisador Klaus Keil, da Universidade do Havaí (EUA), considerado um dos maiores cientistas no estudo da meteorítica. As palestras do encontro prosseguem amanhã (4) no Instituto de Geociência da UFRJ, no campi da Ilha do Fundão.
Exposição permanente, Meteoritos – da Gênese ao Apocalipse pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, e nas segundas-feiras, das 12h às 17h. Os ingressos custam R$ 6, a inteira, e R$ 3, a meia. Crianças de até 5 anos e portadores de necessidades especiais têm gratuidade.
O Museu Nacional fica na Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão, zona norte do Rio.