Quarta, 9 de setembro de 2015
Da Agência Senado
Waldemir
Barreto/Agência Senado
Saiba mais
- Votação da reforma política é concluída no Senado
 - PEC que proíbe reeleição no Executivo pode ter votação agilizada, diz Jucá
 
Os senadores votaram nesta terça-feira (8) a redação final da reforma política. Assim o texto do PLC 75/2015
 vai ser reexaminado pelos deputados. O relator da Comissão da Reforma 
Política, senador Romero Jucá (PMDB-RR), explicou que, para as regras 
novas valerem para as eleições de prefeitos e vereadores do ano que vem,
 a proposta deve ser sancionada até 2 de outubro.
  
O destaque da reforma política aprovada pelos senadores é a proibição de doações de empresas e outras pessoas jurídicas a partidos políticos e a candidatos. As legendas apenas poderão receber dinheiro de pessoas físicas, mas a doação não pode ser superior ao que o cidadão recebeu no ano anterior à eleição. Além disso, as doações devem ser por meio de cheques cruzados e nominais, de transferência eletrônica ou de depósitos em espécie devidamente identificados. A identificação do doador é obrigatória, bem como a emissão de recibos.
O destaque da reforma política aprovada pelos senadores é a proibição de doações de empresas e outras pessoas jurídicas a partidos políticos e a candidatos. As legendas apenas poderão receber dinheiro de pessoas físicas, mas a doação não pode ser superior ao que o cidadão recebeu no ano anterior à eleição. Além disso, as doações devem ser por meio de cheques cruzados e nominais, de transferência eletrônica ou de depósitos em espécie devidamente identificados. A identificação do doador é obrigatória, bem como a emissão de recibos.
Outra mudança significativa está nas normas para as coligações 
partidárias nas eleições proporcionais. Os partidos poderão continuar a 
se juntar para as disputas, mas os candidatos com votações 
insignificantes não deverão mais ganhar cadeiras nos parlamentos. Se o 
texto do PLC 75/2015 for sancionado como está, somente estarão eleitos 
aqueles que obtiverem número igual ou superior a 10% do quociente 
eleitoral.
Trânsito
A prática de justificar o voto pode estar com os dias contados.
 A proposta assegura ao eleitor o direito de votar para presidente da 
República, governador, senador, deputado federal, deputado estadual e 
deputado distrital em urnas especialmente instaladas para esse fim. Para
 ter esse direito, o eleitor deverá habilitar-se na Justiça Eleitoral 
até 45 dias antes da eleição. Precisa ainda informar onde vai votar.
Redução de gastos
As campanhas deverão ficar mais baratas. De acordo com a 
proposta, o limite de gastos deverá variar entre 30% a 70% dos custos da
 última campanha anterior à publicação da lei oriunda do PLC 75/2015. 
Caberá à Justiça Eleitoral divulgar qual o teto do que pode ser gastado.
Para viabilizar o corte de custos, a proposta de reforma política 
prevê que a propaganda eleitoral, inclusive na internet, vai começar no 
dia 15 de agosto do ano da eleição. Nas inserções somente poderão 
aparecer os próprios candidatos, textos com propostas, fotos, jingles, 
clipes com música ou vinhetas com a indicação do número do candidato ou 
do partido. Será autorizada também a exibição de entrevistas com os 
candidatos.
A prática de cabos eleitorais remunerados pode acabar. O projeto de 
reforma política proíbe a contratação direta ou terceirizada de pessoas 
para as atividade de militância e mobilização de ruas. O barulho também 
deve ser reduzido. Segundo a proposta, é vedado o uso de alto-falantes, 
amplificadores de som ou qualquer outra aparelhagem de sonorização fixa,
 bem como de carros de som, minitrios ou trios elétricos, a não ser em 
comícios, carreatas ou reuniões. A potência do som não pode ser superior
 a 10 mil watts.
Fundo partidário
Novas normas estão previstas também para o Fundo Partidário, 
que garante recursos financeiros aos partidos políticos com estatuto 
registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e com prestação de 
contas regularizada. Apenas poderão participar do rateio desse dinheiro 
os partidos que tiverem até 2018 diretórios permanentes em 10% dos 
municípios em pelo menos 14 estados e em 20% das cidades em 18 estados 
até 2022. O orçamento para o Fundo Partidário em 2015 é superior a R$ 
811 milhões.
Debates
Independentemente da propaganda eleitoral gratuita, as 
emissoras de rádio e televisão estão liberadas a promover debates. Nas 
mesas-redondas está assegurada a participação de filiados a partidos com
 pelo menos quatro deputados federais. Isso até 2020. Após 2020, deverão
 ser nove deputados. A participação em pelo menos três debates deve ser 
obrigatória aos candidatos a governador e senador no segundo turno nas 
eleições. Se um deles não quiser ir, o evento deve acontecer com o que 
compareceu.
Impressão de votos
A partir da primeira eleição geral após a sanção da lei, os 
votos serão impressos. A urna deverá imprimir o registro de cada voto, e
 o papel será depositado em um local lacrado. O processo de votação não 
será concluído até que o eleitor confirme a correspondência entre o voto
 e o registro impresso.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
