Sexta, 4 de dezembro de 2015
Da Agência Brasil
A ONG Anistia Internacional lançou, nesta quinta-feira (3), uma
nova ação para pressionar o governo do estado do Rio a se posicionar
contra a violência policial. Com mensagens expondo os números da
violência, os organizadores estão promovendo um “adesivaço” em diversos
pontos da cidade para alertar a população sobre o abaixo-assinado da
campanha Diga não à execução, que sugere medidas para inibir esta
prática e que vai ser entregue ao governo estadual na próxima semana.
Segundo
a coordenadora da Anistia Internacional, Rebeca Lerer, o "adesivaço"
vai aproveitar os últimos dias da campanha para divulgar ainda mais a
importância do abaixo-assinado até a entrega do documento ao governo. “A
ideia é direcionar essa pressão para o líder do executivo estadual para
que ele se posicione claramente sobre esse problema e saia um pouco
dessas respostas genéricas dadas.”
Ela explicou que a petição tem
algumas medidas políticas e administrativas: “O primeiro pedido (da
petição) é que o governador e o promotor de Justiça se posicionem
claramente contrários à prática de execuções e condenem publicamente
esta prática. Mas, a gente sugere medidas administrativas como, por
exemplo, que todos os casos de homicídios decorrentes de intervenção
policial sejam investigados pela Divisão de Homicídios e não pelas
delegacias locais da área como forma de garantir maior independência e
isonomia nas investigações”.
O "adesivaço" promovido pela Anistia Internacional também convida a população a fazer o Teste do Pezão (http://testedopezao.tumblr.com/)
, em que os usuários interagem com as “melhores frases” do governador
do Rio, Luiz Fernando Pezão, para casos emblemáticos de assassinatos
cometidos por policiais. Rebeca Lerer explicou que foram colocadas no site (tumblr é uma plataforma de blogging)
alternativas do que gostaria que ele tivesse dito, comparadas ao que
ele disse de fato. "É para mostrar como o posicionamento poderia ser
diferente e como o governo não vem correspondendo a esse papel de
mediador e de liderança para resolver essa questão central da agenda de
segurança pública do Rio de Janeiro”, complementou ela.