Sexta, 19 de
setembro de 2014
Andreia
Verdélio - Repórter da Agência Brasil
Anvisa interdita lotes de alimentos com pelo de roedor e fragmentos de vidro
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
determinou hoje (19) a interdição cautelar, por 90 dias, do lote L6 do extrato
de tomate da marca Knorr–Elefante, fabricado pela empresa Cargill Agrícola
S.A., com sede em Goiânia (GO).
O lote tem validade até 21 de maio de 2015 e obteve
resultados insatisfatórios de rotulagem e de matéria estranha macroscópica e
microscópica. Nas análises, técnicos da Anvisa descobriram fragmentos de pelo
de roedor acima do limite de tolerância estabelecida, de 1 fragmento em 100g.
Também por 90 dias, foi interditado o lote L04501, do
alimento Suspiro Duplo, marca Doces Arapongas Prodasa, fabricado por Produtos
Alimentícios Arapongas S.A – Prodasa, em Arapongas (PR). Com validade até 28 de
novembro de 2014, os resultados foram igualmente insatisfatórios nas análises
de rotulagem e de matéria estranha macroscópica e microscópica. Nele,
confirmaram a presença de fragmentos de vidro no produto.
Nos dois casos, a Anvisa considerou os laudos de análise
fiscal emitidos pelo Instituto Octávio Magalhães da Fundação Ezequiel Dias e as
notificações feitas pela Vigilância Sanitária de Minas Gerais.
As determinações foram publicadas na edição desta
sexta-feira do Diário Oficial da União.
A Cargill informou que está tomando todas as medidas
cabíveis para avaliar o caso junto à Anvisa e à Vigilância Sanitária de Minas
Gerais para comprovar a adequação do produto tendo, inclusive, já apresentado
recurso contra o resultado do laudo de análise. “A empresa informa que os
demais lotes do Extrato de Tomate, da marca Knorr-Elefante, com conteúdo
nominal de 850g, cuja data de validade não seja de 21 de maio de 2015, mesmo
que produzido pela linha L06, não foram afetados pela referida interdição e
estão aptos a livre comercialização. Também não foram afetados as demais formas
de apresentação do produto Extrato de Tomate, da marca Elefante. Reiteramos o
compromisso da Cargill com o cumprimento integral da legislação brasileira,
assim como com o cumprimento de todas as normas de segurança alimentar e
padrões de higiene e qualidade”, disse a empresa em nota.
Procurada pela Agência Brasil, a Prodasa informou que
o lote de suspiros, distribuído apenas em Minas Gerais, foi retirado do mercado
e as análises da empresa não apontaram nenhum fragmento de vidro no
produto. Uma possível explicação, segundo a assessoria da Prodasa, é que,
como o suspiro é feito basicamente de açúcar e gelatina, em contato com a água,
esses ingredientes podem ter se cristalizado.
A assessoria da Prodasa informou ainda que a fábrica foi
vistoriada pela Vigilância Sanitária de Arapongas e não apresentou nenhuma
irregularidade.