André Richter – Repórter da
Agência Brasil
O Ministério Público
Federal (MPF) denunciou hoje (4) à Justiça o ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu e mais 16 investigados na 17ª fase da Operação Lava Jato, da Polícia
Federal (PF), pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de
quadrilha.
Com base nas
afirmações feitas pelo empresário Milton Pascovicth em depoimentos de delação
premiada, a Polícia Federal concluiu nesta semana o inquérito que baseou as
denúncias contra Dirceu, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor
de Serviços da Petrobras Renato Duque, o ex-executivo da empreiteira Engevix
Gerson Almada e outros acusados.
De acordo com as
investigações da PF, ficou comprovado o recebimento de vantagens ilícitas pelo
grupo, que, segundo a investigação, era comandado por Dirceu.
Dirceu está preso há
um mês na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em função das
investigações da 17ª fase da Operação Lava Jato. Na segunda-feira (31), por
orientação de seus advogados, o ex-ministro permaneceu em silêncio,
durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras,
em Curitiba.
A Agência Brasil
entrou em contato com o advogado Roberto Podval, representante da Dirceu, mas
as ligações não foram atendidas. A defesa do ex-tesoureiro do PT reafirma que
Vaccari somente arrecadou doações licitas, por meio de depósitos bancários e
com recibos.