Quarta, 14 de outubro de 2015
Do
MPE do Mato Grosso
Por CRISTINA
GOMES
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado ( GAECO ),
composto por promotores de Justiça, delegados de polícia, policiais militares e
civis, deflagrou na tarde desta terça-feira (13.10) a segunda fase da Operação
Metástase, denominada “Célula Mãe” com a prisão do ex-deputado estadual José
Geraldo Riva.
A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de
Arruda decretou também a prisão preventiva de outros servidores da
Assembleia Legislativa que eram ligados a presidência na gestão de Riva, são
eles: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral da
ALMT, Manoel Marques.
De acordo com o Gaeco, esta nova fase é resultado de investigações
complementares efetivadas acerca de crimes cometidos no gabinete do
ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, José Geraldo
Riva quando da gestão de recursos públicos denominados “verba de suprimentos”.
Segundo o Gaeco, o dinheiro desviado servia para o pagamento de
despesas pessoais do ex-deputado José Riva, como o combustível de sua aeronave
particular, pagamento de honorários advocatícios,entre outros. Além disso o
ex-deputado teria usado parte do montante para o pagamento de um “mensalinho”
para políticos e lideranças políticas do interior do Estado. A distribuição de
“mimos”, como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas
também faziam parte da lista.
Os promotores do Gaeco afirmam que as prisões foram decretadas com base
na garantia da Ordem Pública, Conveniência da Instituição Criminal e dentre
outros argumentos que a justificaram. “Salienta-se que todos os servidores
ouvidos pelo Gaeco na primeira fase da Operação Metástase ( com exceção dos
líderes da organização) afirmaram a existência de um estratagema criminoso
arquitetado pelos líderes visando dificultar a descoberta da verdade, com a
consequente blindagem do núcleo criminoso. Outras frentes estão sendo abertas e
novas fases não estão descartadas”.