Quarta, 29 de novembro de 2017
Do SindSaúde
Por Lurian Leles // Imagens: Freeimages
Paciente pode perder a visão por falta de cirurgia na rede pública
Uma reportagem do Jornal de Brasília desta quarta-feira (29) trouxe o caso de Antônia Aparecida da Silva, diarista de 48 anos que tem enfrentado um verdadeiro calvário causado por uma doença e agravado pela ineficiência do Estado. Ela sofre de físsula da carótida cavernosa, doença que causa inchaço nos olhos e fortes dores de cabeça. A cirurgia que poderia aliviar tais sintomas, recomendada em outubro por um médico do Hospital de Base (HBDF), segue sem qualquer expectativa de realização.
Em nota, a Secretaria de Saúde respondeu à matéria que a paciente tem que aguardar abertura de vaga em hospital conveniado. Não há previsão.Uma reportagem do Jornal de Brasília desta quarta-feira (29) trouxe o caso de Antônia Aparecida da Silva, diarista de 48 anos que tem enfrentado um verdadeiro calvário causado por uma doença e agravado pela ineficiência do Estado. Ela sofre de físsula da carótida cavernosa, doença que causa inchaço nos olhos e fortes dores de cabeça. A cirurgia que poderia aliviar tais sintomas, recomendada em outubro por um médico do Hospital de Base (HBDF), segue sem qualquer expectativa de realização.
De acordo com um levantamento feito pelo SindSaúde, a Secretaria de Saúde (SES) conta com apenas 81 oftalmologistas, cinco deles não estão no atendimento à população devido a licenças ou e cargos comissionados. O último concurso foi realizado em 2014. O sindicato questionou a Pasta sobre a fila de espera das cirurgias para a especialidade, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
O déficit de profissionais não é de hoje. O último censo oftalmológico, feito em 2014 pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, apontou que o Distrito Federal contava, à época, com um total de 537 oftalmologistas para uma população de 2.789.761 habitantes. Embora não haja estudos atualizados, não é difícil notar na prática que a situação está ainda pior. “Este é só mais um recorte de uma situação muito ampla de déficit de profissionais dentro da Secretaria de Saúde. São agravos que poderiam ser evitados se o governo fosse mais célere em sua gestão”, lamenta a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.