Sábado, 18 de novembro de 2017
Ao Contrário do que diz o movimento Escola Sem Partido , 72% concordam
total ou em parte que professores promovam debates sobre o direito de
cada pessoa viver livremente sua sexualidade.
Contrariamente ao movimento Escola Sem Partido, a maior parte
dos brasileiros é a favor de discutir assuntos ligados a gênero em sala
de aula. Conforme a pesquisa IBOPE realizada em fevereiro, 72%
concordam total ou em parte que professores promovam debates sobre o
direito de cada pessoa viver livremente sua sexualidade, sejam elas
heterossexuais ou homossexuais. A sondagem foi encomendada pela
organização Católicas pelo Direito de Decidir.
Do Esquerda Diário
Já 84% concordam totalmente ou em parte que professores discutam
sobre a igualdade entre os sexos com os alunos. O nível de apoio varia
de acordo com algumas variáveis, como idade, escolaridade, classe social
e religião.
Ao serem questionados sobre o recebimento de educação sexual entre
alunos de escolas públicas, 88% dos entrevistados se mostraram a favor.
Desse montante, 42% acreditam que tal conteúdo deva ser abordado a
partir dos 13 anos, 36% a partir dos 10 anos e 10% antes dos dez anos.
Outros 9% acham que o assunto não deve ser abordado e 3% não soube ou
não respondeu.
Além disso, 87% concordam total ou parcialmente que aulas e livros
informem sobre DST e prevenção. Já 80% concorda com o uso de material
sobre métodos contraceptivos modernos como pílula, injeção e DIU.
A pesquisa Ibope foi realizada entre os dias 16 e 20 de fevereiro de
2017 com 2002 brasileiros com 16 anos ou mais, em 143 municípios. A
margem de erro estimada é de 2 pontos percentuais para mais ou para
menos e o nível de confiança utilizado é de 95%.
O Brasil é o país com maior número de assassinatos de LGBT no mundo e
de acordo com dados do Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no
Brasil, o Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídios do mundo.
Enquanto esta pesquisa afirma que grande parte dos brasileiros apoia a
discussão de gênero nas escolas, o que é algo bem significativo e deve
ser aproveitado, mas sabe-se também que o debate de gênero é uma demanda
dos próprios estudantes na adolescência e na pré-adolescência quando
despertam para sexualidade, há pedidos de que se faça aulas sobre corpo
humano, doenças sexualmente transmissíveis, relacionamentos amorosos,
dúvidas sobre contraceptivos e gravidez indesejada. No caso das meninas
adolescentes, esclarecer todas as dúvidas é fundamental para que a
gestação apresente menos riscos e para que os meninos não venham a ser
pais muito jovens, tendo assim limitações na vida adulta, mas também
para que desde cedo estejam cientes de atitudes machistas que possam vir
a tomar e se reeduquem.
Por fim, é preciso que haja este debate aberto nas escolas sim a fim
de que seja possível educação sexual para prevenir, contraceptivos para
não engravidar, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
Fonte notícia: HuffPost Brasil
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