Sábado, 6 de setembro de 2014
Em VEJA desta semana
Rodrigo Rangel
Preso em março pela Polícia Federal, sob a acusação de participar de
um mega esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto
Youssef, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo
Roberto Costa aceitou recentemente os termos de um acordo de delação
premiada – e começou a falar.
No prédio da PF em Curitiba, ele vem sendo interrogado por delegados e
procuradores. Os depoimentos são registrados em vídeo — na metade da
semana passada, já havia pelo menos 42 horas de gravação. Paulo Roberto
acusa uma verdadeira constelação de participar do esquema de corrupção.
Aos investigadores, ele disse que três governadores, seis senadores, um
ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou
tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal.
Ele esmiúça, além disso, a lógica que predominava na assinatura dos
contratos bilionários da Petrobras – admitindo, pela primeira vez, que
as empreiteiras contratadas pela companhia tinham, obrigatoriamente, que
contribuir para um caixa paralelo cujo destino final eram partidos e
políticos de diferentes partidos da base aliada do governo. Conheça,
nesta edição de VEJA, detalhes dos depoimentos que podem jogar o
governo no centro de um escândalo de corrupção de proporções semelhantes
às do mensalão.
Conheça nesta edição de VEJA os nomes dos políticos mencionados por Paulo Roberto Costa e outros detalhes do depoimento.