Terça, 18 de outubro de 2016
Da CLDF 
Decreto previa punição para servidores
Decreto contra greves 
derrubado. Depois de intensa mobilização para obtenção de quórum em 
plenário e acordo de líderes para prioridade de votação, a Câmara 
Legislativa aprovou na sessão ordinária desta terça-feira (18) em turno 
único e redação final, com 17 votos favoráveis e sete ausências, dois 
decretos legislativos (195 e 196/2016), de vários deputados, que sustam 
os efeitos do decreto n° 37.692, do governo local. O decreto do GDF 
estabelecia medidas que restringiam o direito de greve dos servidores 
públicos locais, como corte de ponto e processo administrativo.
 Nas galerias da Câmara 
Legislativa, representantes de sindicatos de servidores do DF, como do 
Sinpro e Sindireta, comemoraram a votação e aplaudiram as 
manifestações dos deputados distritais sobre a relevância de aprovação 
dos dois projetos, com teores idênticos. Nenhum parlamentar defendeu 
em plenário a manutenção da vigência do polêmico decreto do governador.
 Enfático nas críticas 
contra ao decreto "exorbitante", o deputado Raimundo Ribeiro (PPS), um 
dos autores das proposições aprovadas, disse que o governador Rollemberg
 deveria "agradecer aos deputados distritais por terem corrigido mais 
uma besteira que ele fez". Também o distrital Chico Vigilante (PT) 
utilizou o mesmo argumento de Ribeiro para lembrar que o governador 
teria desrespeitado o direito de greve e de livre organização dos 
servidores públicos.
 Ao manifestar seu voto em
 favor da sustação do decreto do governador, o deputado Reginaldo Veras 
(PDT) lembrou que a apreciação rápida daquela matéria, sem a apreciação 
anterior nas comissões, só foi possível como exceção regimental em 
virtude da sua relevância e necessidade de entrar em urgência o quanto 
antes, a fim de preservar a garantia do direito de greve do 
funcionalismo local.
 Tensão – Depois
 de muita discussão em plenário, deputados favoráveis à sustação do 
decreto do governador já lamentavam a presença de apenas 12 deputados em
 plenário, faltando assim um voto para que a medida restritiva do 
governador fosse derrubada. O presidente da Câmara Legislativa, em 
exercício, Juarezão (PSB), chegou a declarar a falta de quórum. Mas a 
entrada no plenário da deputada Celina Leão, foi comemorada por todos. 
Ela garantia os 13 votos necessários para a derrubada do decreto do 
governador. Depois mais quatro deputados chegaram ao plenário e 
garantiram a votação, por unanimidade.
 Crise na saúde –
 Antes do início da votação única em plenário, o deputado Rafael 
Prudente (PMDB) fez um pronunciamento em plenário, no qual criticou 
duramente o governador pelo agravamento da crise de atendimento nos 
hospitais e o crescimento da fila para realização de mamografias. "Dos 
11 tomógrafos só quatro estão funcionando", protestou, recebendo em 
aparte o apoio do deputado Wasny de Roure (PT), que considerou a 
situação "gravíssima".
     Zildenor Ferreira Dourado - Coordenadoria de Comunicação Social 
   
 
 
 
