Do Blog do Vlad
O que pensam alguns criminalistas sobre a colaboração
premiada?
Pensam coisas incríveis especialmente sobre o que ela não
é.
Para criticar os acordos firmados na Lava Jato, o advogado
Técio Lins e Silva alçou o direito de mentir – que não existe – a uma das
conquistas da Revolução Francesa. Uau! Vejam:
“O acusado não pode abrir mão do seu direito de mentir.
Isso não é uma conquista da legislação brasileira. Isso é uma conquista da
sociedade ocidental, fruto da Revolução Francesa” (Técio Lins e Silva, em O
Globo, 1º/11/2015).
Por sua vez, Eugenio Raúl Zaffaroni disse em entrevista ao
site Conjur que a colaboração premiada viola a “ética mafiosa”. Hmmm, entendi:
“ConJur — Qual é a opinião do senhor sobre a delação
premiada? A figura do arrependido, como é chamada na Argentina.
Raul Zaffaroni — Não é só um arrependido, é um criminoso
relevante, porque quem faz a delação está no núcleo do esquema criminoso, não é
um marginal que assinou alguma coisa ou que levou uma malinha. É também
psicopata, porque não respeita sequer as regras da ética mafiosa para negociar
a sua impunidade em troca de informações que não são confiáveis.” (Eugenio Raúl
Zaffaroni, em 1º/11/2015).