Quarta, 6 de maio de 2015
"Austeridade", arrocho, perversidade, para continuar pagando R$2,7 bilhões DIÁRIOS aos banqueiros, é isso que está sendo aprovado pelo governo e deputados.
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Informação acrescentada às 23h06: Rejeitados destaques que mudariam texto da medida sobre seguro-desemprego
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Informação acrescentada às 23h06: Rejeitados destaques que mudariam texto da medida sobre seguro-desemprego
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Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
A Medida Provisória (MP) 665, que altera as regras de acesso ao
seguro-desemprego, ao abono salarial e ao seguro-defeso, foi aprovado há
pouco pelo plenário da Câmara e transformado em lei depois de muitas
discussões em torno da matéria, ressalvadas as emendas e destaques que
visam a modificar o texto aprovado. Foram 252 votos a favor, 227 contra e
1 abstenção. Pelo acordo que possibilitou a aprovação da MP,
ainda hoje devem ser votados nominalmente dois destaques que visam a
alterar o texto da medida. Os outros destaques e emendas devem ser
votados amanhã (7).
Encaminharam
voto favorável à aprovação da MP 665 os líderes do bloco formado pelo
PMDB e outros partidos, do PT, do PSD, do PR, do PCdoB, do PROS e do
PRB, além da liderança do governo. Encaminharam contra a aprovação da
medida provisória os líderes do PSDB, do DEM, do SD, do PDT, do PPS e do
PSOL e o líder da minoria. O único partido da base governista que
encaminhou voto contra a MP foi o PDT. O PV liberou sua bancada para
votar de acordo com a convicção de cada um.
Desde ontem (5), as
mudanças nas regras de acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial e
ao seguro-defeso vinham sendo debatidas pelos deputados de partidos da
base governista e da oposição no plenário da Câmara. A MP deveria ter
sido votada na noite de ontem, mas como não houve acordo, os líderes de
partidos da base governista e o líder do governo, deputado José
Guimarães (PT-CE), fecharam um acordo para adiar para hoje a votação,
visando a sensibilizar aliados a votarem a favor das medidas.
O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), exigiu clareza nos posicionamentos do PT em
relação à aprovação da MP. Segundo Picciani, ontem o programa do PT
deixou um sinal trocado. “Ficamos com a impressão de que o PT poderia
estar considerando que o ajuste não era necessário para o país”, disse.
Para
o peemedebista, no programa do PT faltou firmeza na defesa do ajuste, o
que fez com que o bloco do PMDB e outros partidos desse um passo atrás.
“Por isso, de forma aberta, cobramos do PT um posicionamento claro e esse posicionamento veio hoje”, explicou Picciani ao justificar o apoio do PMDB à aprovação da MP.