Sexta, 22 de maio de 2015
Da Agência Senado
O requerimento para diligência na França é de autoria do senador Randolfe Rodrigues
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Está marcada para terça-feira (26) a
próxima reunião deliberativa da CPI do HSBC. E o primeiro item da pauta é o
requerimento do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que solicita uma
diligência da comissão à França.
Os objetivos são reunir-se com as autoridades
daquele país que investigam o caso, e também com o ex-funcionário do HSBC em
Genebra, Hervé Falciani.
Foi do arquivo deste ex-funcionário que
partiu o vazamento de 106 mil contas de clientes de 203 países, que passaram a
ser investigados por supostas irregularidades. Os depósitos somavam mais de U$
100 bilhões, sendo que o Brasil é o 4º colocado no número de clientes.
— Segundo o que já vazou, tem gente de
diversos escândalos de corrupção no meio. Da operação Lava Jato, do metrô de
São Paulo, das máfias do INSS, dos caça-níqueis, do tráfico de drogas e etc. —
lista Randolfe.
Ainda segundo o senador, há indícios de
que o HSBC orientaria seus correntistas no sentido da evasão fiscal, abrindo
contas em paraísos fiscais.
— Possivelmente envolve dinheiro sujo, e
o aprofundamento das investigações pode ajudar a desvendar outros grandes
esquemas — acredita.
Também consta na pauta requerimentos
pedindo a quebra do sigilo fiscal de 16 nomes, entre eles o do doleiro Henry
Hoyer (investigado pela Lava Jato), do ex-diretor do metrô paulista Paulo Celso
Mano, de duas irmãs do deputado Paulo Maluf (Therezinha e Nely), dos
empresários Benjamin Steinbruch e Dario Queiroz Galvão e do vereador no Rio de
Janeiro Marcelo Arar (PT).